Racismo, ignorância e má-vontade do poder público dificultam a vida de comunidades religiosas - por Ismael Freitas
Além de preservar a cultura religiosa dos antepassados que vieram escravizados da África para o Brasil, as religiões de matriz africana desenvolvem trabalho social em suas sedes e atendem a população, geralmente de menor renda. Onde o poder público não chega, lá está um terreiro de candomblé, suprindo as necessidades espirituais e físicas da população. No entanto, apesar do esforço dos líderes dessas comunidades em se fazer perceber pela sociedade e pelo Estado, ainda há muito preconceito, discriminação e ignorância sobre esses grupos. Um desses casos é o da Sociedade Afro-brasileira Cacique Pena Branca , localizada no Núcleo Santa Marta, na região da Colônia Dona Luíza. Segundo a ialorixá (mãe-de-santo) Tânia Mara Batista, os obstáculos em Ponta Grossa são muitos e por algumas vezes pensou em parar de atender a comunidade como líder espiritual. "Nós somos discriminados em tudo. Não recebemos incentivo nenhum do poder público para a área cultural. Nessa terra de coronéis, nossa cu...