Delegado hare krishna critica a violência e defende uso de soluções políticas – Por Marco Antônio Martins e Marco Aurélio Canônico
Orlando Zaccone D'Elia Filho, 49, é um delegado peculiar, e não apenas por ter "hare" tatuado em um antebraço e "krishna" no outro ou fotos de manifestantes mascarados em seu Facebook. O que mais chama a atenção nesse carioca da Tijuca (zona norte do Rio) , formado em jornalismo e em direito, são suas ideias pouco comuns no ambiente policial. Responsável pelo inquérito inicial do caso Amarildo, foi Zaccone quem desmontou a versão de que o assistente de pedreiro seria traficante, ele desapareceu após ser levado por policiais militares para a base da Unidade de Polícia Pacificadora na Rocinha. "No Brasil, o criminoso identificado como inimigo perde o estatuto da cidadania. Se o Amarildo fosse identificado como traficante, a forma como morreu passaria a não ter mais importância." Esse raciocínio é parte do que ele defende em sua tese de doutorado em ciência política, que será apresentada neste mês na UFF (Universidade Federal Fluminens...