Cultura como mercadoria ou como bem comum - Por Emir Sader
Imagem de Tony Shi (http://www.flickr.com/photos/tonyshi) A discussão mais importante sobre a cultura no mundo contemporâneo se deu no marco da Unesco sobre a cultura como mercadoria ou a cultura como bem comum. A primeira expressa a ideologia hegemônica no período neoliberal, em que tudo deve se transformar em mercadoria, tudo tem preço, tudo se vende, tudo se compra, de que o modelo nuclear são os shopping centers. É a concepção proposta e colocada em prática pelos EUA , berço da visa mercantil do mundo. A concepção que se opôs a ela e que, pelo bem da cultura e da humanidade, terminou triunfando, é a que considera a cultura um patrimônio da humanidade, um bem comum. Aquela coloca a cultura na esfera mercantil, esta a situa na esfera pública; a primeira a considera uma mercadoria como outra qualquer, esta a concebe como um direito. Em Congresso recentemente realizado em Mar del Plata – Congresso Iberoamericano de Cultura – essa contraposição ficou clara. Houve quem louvasse, ex...