O lugar de Deus na saúde e na doença - Por Cristiane Segatto
Apenas 1% dos brasileiros não acredita em Deus. Foi o que revelou o Datafolha em 2007, numa ampla pesquisa usada até hoje como indicador da fé, uma das características mais marcantes da nossa população. O que acontece com a religiosidade dos outros 99% quando precisam de um hospital? É ignorada placidamente. Com raríssimas exceções, os profissionais de saúde não levam em consideração o papel das crenças na vida dos pacientes. Deveriam. É no hospital, mais que em qualquer outro lugar, que o doente entra em contato com sua fragilidade e busca apoio na fé. A religiosidade e a espiritualidade não são dados irrelevantes para a recuperação e para o bem-estar do paciente – mesmo quando a recuperação não é possível. Tão importante quanto saber se o sujeito tem diabetes, hipertensão ou o vírus HIV é reservar um momento para levantar informações sobre sua espiritualidade. Com o objetivo de entender a participação dessas crenças na saúde e na doença. Sem julgar ou tentar modificar a exist...