Ancestrais sabiam de tsunami no Japão - Por Philippe Pons
Pedra centenária salvou a vila de Aneyoshi O caminho estreito serpenteia por quilômetros no meio da floresta de ciprestes e de cedros da quase ilha Omoe . Depois, no cabo Todogasaki , ele se precipita para o mar e logo vira um canal entre muralhas de pedra transpassadas por tufos de coníferas nas cavidades. Mal atravessa um vilarejo com uma dúzia de famílias, a brutal beleza desse “corredor de pedra” dá lugar a uma paisagem devastada: até cerca de trinta metros de altura, as árvores incrustadas na rocha estão quebradas; redes de pesca e boias pendem dos galhos como guirlandas; detritos recobrem a pequena torrente; as rampas da estrada estão deformadas. Depois, desemboca no porto em sua pequena enseada: o cais de concreto se partiu em dois, pequenas embarcações viradas flutuam cá e lá com a quilha para cima. Aqui, a onda atingiu 38,9 metros, segundo uma equipe de pesquisadores que foi até o local. Sozinho na orla, um pescador observa o desastre. “Não houve vítimas aqui”, diz....