Clio

Tema:  Religião, violência e espaço público: fronteiras e deslocamentos "Dos “traficantes evangélicos” à arte efêmera: percursos de uma pesquisa na cidade" Christina Vital da Cunha ( UFF ) "Operações distintas, relevâncias aliáveis: quando um campo com 'ladrões' se torna possível" Adalton Marques ( UFSCar ) Mediadores: Marcelo Natividade (USP) e Ana Claudia Rocha  Marques (USP) Organização:  GERM/NAU -USP e Hybris - USP (Departamento de Antropologia da USP) Horário:  16 horas Dia:  17.04.2015 Local:  Sala 24 Conjunto Didático de Ciências Sociais e Filosofia ( FFLCH/USP ) Rua Luciano Gualberto, 315 - Cidade Universitária - Butantã- SP

Nem a morte foi capaz de separar o militar J.W.C van Gorcum da sua mulher J.C.P.H van Aefferden.  Os dois residiam na cidade holandesa de Roermond no século XIX, e, ao chegar ao fim da vida, enfrentaram um dilema: ele era protestante e ela, católica. A diferença confessional que não os impediu de passar 38 anos juntos seria um empecilho na hora da morte. No cemitério de Roermond , cada religião tinha o seu espaço: protestantes não podiam ser enterrados juntamente com católicos. J.W.C van Gorcum faleceu em 1880 e foi sepultado perto do muro que até hoje divide jazigos das duas religiões. Antes de morrer, em 1888, a sua mulher conseguiu um túmulo do outro lado do muro, próximo ao do seu marido. A sua lápide foi erguida de maneira idêntica à de J.W.C van Gorcum, com o topo do monumento a ultrapassar a altura do paredão. Para mostrar que nem a morte e nem a religião poderiam separar o casal, duas mãos dadas foram colocadas entre as lápides, numa intervenção que ...