Pesquisa aponta mudança no perfil de adeptos de religiões afro-brasileiras – Por Milton Rodrigues
Um ato de violência marcou profundamente a cidade de Maceió em 1º de fevereiro de 1912. Naquele tempo, babalorixás e yalorixás foram espancados e assassinados durante o período de repressão e intolerância religiosa que pairava sobre todo o Estado. Era um período de perseguição e de medo orquestrado por uma elite econômica que disputava o poder na esfera política local. Sob o pretexto de caçar possíveis “feiticeiros” e “demônios”, milicianos armados da intitulada Liga dos Republicanos Combatentes profanaram templos e destruíram objetos de cultos sagrados. O evento ficou conhecido como “Quebra de Xangô” e marcou negativamente o nosso estado. Por anos essas religiões foram perseguidas e suas práticas banidas. A intolerância nunca deixou de existir, mas em pleno século XXI, a balança que pendia para a injustiça de uma população marginalizada religiosamente talvez esteja sendo equilibrada. A nova “quebra”, agora se traduz no fim de um padrão e de um possível estereotipo ...