Muçulmano do século 21 é democrata e moderno, mas quer mulher submissa - Por Luís Bassets
Tudo vai chegando a seus passos cansados, imperfeitos, às vezes imperceptíveis. Termos que para muitos parecem de difícil compatibilidade, como "islã" e "democracia", vão se encaixando aos poucos. Neste sábado, cerca de 86 milhões de cidadãos estão convocados a votar no Paquistão , a segunda nação islâmica do mundo, onde em toda a sua história nem uma só legislatura conseguiu terminar, graças aos sucessivos golpes militares. Desta vez, apesar da dureza da campanha, dos numerosos atentados terroristas, da desanimadora corrupção que afasta os cidadãos da participação, os paquistaneses vão coroar uma sucessão civil esperançosa. O Paquistão ocupa o 108º lugar, logo à frente do Egito e a seis postos do Iraque, na classificação de países por sua qualidade democrática realizada pelo semanário britânico "The Economist". É considerado um regime híbrido, que combina características de democracias com outras de ditaduras, categoria na qual também ...