Religião deve servir à paz, diz historiadora – Por Daneil Médici
O sentimento de compaixão cultivado pelas diferentes religiões pode ser empregado para auxiliar o entendimento entre as sociedades no mundo globalizado, segundo a historiadora das religiões Karen Armstrong. A britânica participou do ciclo de conferências Fronteiras do Pensamento , em São Paulo, anteontem. No centro de sua fala à plateia paulistana, Armstrong, 68, propôs um novo papel para a religião no mundo contemporâneo, que começa por admitir que ela "não é feita para nos dar respostas, mas para fazer conviver com a nossa própria mortalidade e com o sofrimento da vida". A religião, para Armstrong, é uma prática, e só tem sentido se vivenciada pelo indivíduo. "Nós entendemos os mitos religiosos como mentiras, mas os antigos os entendiam como algo que ocorre continuamente" , disse, em sua fala durante o evento, uma parceria com a Folha . A Santíssima Trindade do catolicismo, por exemplo, deve ser vista como uma forma de o devoto abandonar seu pr...