Jornada interior na forma de trilogia – Por Analice Del Vecchio
Segunda parte da trilogia de Theo Angelopoulos, A Poeira do Tempo foi exibida no festival paulista, seguida de debate com o diretor homenageado. Assistir a um filme do cineasta grego Theo Angelopoulos é uma experiência, uma viagem imagética ao centro do homem. A aventura está sendo proporcionada ao público da Mostra Internacional de São Paulo sob a forma de uma retrospectiva com oito filmes. O mais recente, A Poeira do Tempo (2008), segunda parte de uma trilogia que discute as raízes da Grécia no século 20, foi apresentado pela primeira vez no Brasil na noite de terça-feira, no Cine Bombril , seguido de um debate com o diretor. No filme, que abre a trilogia, O Vale dos Lamentos (2004), Angelopoulos conta a história de um grupo de expatriados que, em 1919, fogem do avanço do Exército Vermelho em Odessa, na Ucrânia, e se estabelece na Grécia. Em A Poeira do Tempo , ele faz o itinerário inverso. “Após a Segunda Guerra Mundial, o país enfrentou uma violenta ditadura militar que, ...