Reação ao avanço evangélico
Há consenso entre os pesquisadores de que a movimentação político-eleitoral dos católicos é uma reação à crescente presença dos evangélicos no parlamento. Tanto para o cientista político Michel Zaidan, professor da pós-graduação de Ciência Política da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), quanto para a historiadora Sylvana Brandão, professora de UFPE , não há nada de novo nessa atitude. "É um contraponto aos evangélicos. Em particular para concorrer com as igrejas neopentecostais, que privilegiam o louvor e o exorcismo", considera Zaidan. O cientista político ressalta que os gestos dos grupos leigos católicos, em especial, não devem ser encarados como uma ação da Igreja Católica . "Isso é coisa de leigos. Não é da instituição", analisou. De acordo com ele, a Igreja não tem atualmente projeto político ao contrário do passado, quando em acordo com o estado instituiu o padroado. O padroado permitia ao imperador nomear e exonerar padres, enquanto esses receb...