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Sonoridades da história - Por Alex Sander Alcântara

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Na década de 1920, jornais e revistas de São Paulo começaram a registrar um espetáculo curioso: pessoas se aglomeravam diariamente em frente às lojas de discos para ouvir os lançamentos da época, que incluíam tango, maxixe, marchinhas ou sambas, em gravações de artistas como Francisco Alves, Gastão Formenti, Stefana de Macedo ou Vicente Celestino. Os mais abastados também se reuniam em cafés e outros lugares públicos, principalmente no centro comercial da cidade. A prática da escuta coletiva permaneceu mesmo após a proibição da Câmara Municipal, com o argumento de que o alto volume das vitrolas perturbava o sossego de comerciantes. O episódio está registrado em um dos capítulos do livro: História e Música no Brasil , organizado por José Geraldo Vinci de Moraes e Elias Thomé Saliba, que acaba de ser lançado. A obra reúne nove capítulos de pesquisadores ligados ao grupo Entre a Memória e a História da Música, do Departamento de História da Universidade de São Paulo (USP), criado em 20...