Atrizes e intelectuais - Por Fábio de Castro
Para compreender como São Paulo se tornou, entre 1940 e o fim da década de 1960, um moderno polo do teatro brasileiro, é preciso que a análise se estenda para além do universo teatral. Abordando o teatro daquele período em suas conexões com a cidade, com a universidade e a cena intelectual paulista e com as questões de gênero, a professora Heloísa Pontes, do Departamento de Antropologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) , estudou a questão ao longo de dez anos. O resultado é o livro: Intérpretes da Metrópole: História Social e Relações de Gênero no Teatro e no Campo Intelectual, 1940-1968 , que será lançado no dia 29 de março. A obra teve apoio da FAPESP na modalidade Auxílio à Pesquisa – Publicações. Heloísa, pesquisadora do Núcleo de Estudos de Gênero Pagu da Unicamp, explica que procurou escapar de uma abordagem tradicional que trata o teatro a partir da produção de novas linguagens, como um fenômeno isolado da vida intelectual e cultural. “ Procurei enfocar a...