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Mostrando postagens de dezembro 15, 2011

Espiritualidade e religião - Por Frei Beto

Espiritualidade e  religião  se complementam; mas, não se confundem. A espiritualidade existe desde que o ser humano irrompeu na natureza, há mais de 200 mil anos. As religiões são recentes, não ultrapassam 8 mil anos de existência. As religiões, em princípio, deveriam ser fontes e expressões de espiritualidades. Nem sempre isso ocorre. Em geral, a religião se apresenta como um catálogo de regras, crenças e proibições, enquanto a espiritualidade é livre e criativa. Na religião, predomina a voz exterior, da autoridade religiosa.  Na espiritualidade, a voz interior, o “toque” divino. A  religião  é a institucionalização da espiritualidade, assim como a família é do amor. Há relações amorosas sem constituir família. Do mesmo modo, há quem cultive sua espiritualidade sem se identificar com uma religião. Há inclusive espiritualidade institucionalizada sem ser religião, como é o caso do budismo, uma filosofia de vida. A religião é uma instituição; a espiri...

Ecumenismo: Solidariedade é «imperativo» que pode unir religiões, diz prior de Taizé

«A fé não é em primeiro lugar uma adesão a algumas verdades, mas uma relação com Deus»,  realça irmão Alois O prior da comunidade ecuménica de Taizé , irmão Alois, considera que a solidariedade é um “imperativo que pode unir os crentes de diferentes religiões e também os crentes e os não crentes”. “Para que uma nova solidariedade entre os homens floresça a todos os níveis, nas famílias, comunidades, cidades, vilas e aldeias, entre países e continentes, são necessárias decisões corajosas” , frisa o religioso em carta divulgada parcialmente pela comunidade localizada na França. O texto intitulado: ‘Rumo a uma nova solidariedade’ assinala que “perante a pobreza e a injustiça, algumas pessoas revoltam-se ou sentem mesmo a tentação da violência cega”, que “não pode ser uma forma de mudar as sociedades”. Na missiva que vai ser entregue aos 30 mil participantes esperados no encontro europeu de Taizé , marcado para 28 de dezembro a 1 de janeiro em Berlim , capital alemã, o...

Escravos na Bahia setecentista vieram da África Central, diz livro - Por Mônica Pileggi

Durante um período da história brasileira, a presença de homens e mulheres de origem centro-africana foi considerada minoria enquanto população escrava na Bahia. No entanto, o livro Os Rosários dos Angolas – Irmandades de africanos e crioulos na Bahia Setecentista , da historiadora Lucilene Reginaldo, mostra que os únicos escravos que chegaram ininterruptamente ao estado entre os séculos 18 e 19 foram os de “nação angola” – termo utilizado na época para designar os indivíduos provenientes de uma vasta região da África central, escravizados e embarcados para a América a partir do porto de Luanda. O livro, recentemente lançado pela Editora Alameda e fruto da pesquisa de doutorado realizado na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) pela autora, que atualmente é professora do Departamento de Ciências Humanas e Filosofia da Universidade Estadual de Feira de Santana , contou com o apoio da FAPESP na modalidade Auxílio à Pesquisa – Publicações. De acordo com a autora, o est...