Governo francês pretende criar vagas para atuação de capelães muçulmanos em presídios - Stéphanie Le Bars
A captura de jovens islamitas no dia 6 de outubro e a ênfase colocada em sua suposta radicalização na prisão precipitaram o anúncio do governo sobre a criação de vagas para capelães muçulmanos: 15 postos para tempo integral foram incluídos no orçamento de 2013, sendo que “um mesmo esforço” foi garantido para 2014, afirmou a ministra da Justiça, no dia 11 de outubro. Mas estaria certa a ministra quando garante que essas vagas suplementares permitirão cobrir cerca de trinta novos estabelecimentos penitenciários? Provavelmente não. “É uma boa notícia”, reconhece o capelão-geral muçulmano das prisões, Moulay Alaoui Talibi, “mas esse orçamento servirá sobretudo para fidelizar aqueles que já desempenham essa função em caráter voluntário”. Apresentados, com razão, como fatores de apaziguamento e de monitoramento junto a detentos muçulmanos em busca de práticas religiosas ou àqueles tentados pelo extremismo, os capelães muçulmanos estão em número sabidamente insuficiente. Cerca de...