No imaginário nacional contemporâneo, o golpe militar de 1964 no Brasil marca um mergulho no período conhecido (inclusive nos livros didáticos de hoje) como "os anos de chumbo”. Contrariando essa percepção atualmente mais dominante, mas nem por isso livre de ameaças, à época, muitos foram os setores da sociedade brasileira a saudar o golpe como uma espécie de salvação para o país. Entre estes estiveram diversos grupos religiosos como os protestantes, cujos líderes conservadores propagavam a ideia de que o regime autoritário seria, na verdade, "uma intervenção divina para salvar o Brasil do comunismo”. É o que explica o pastor emérito da Igreja Presbiteriana Unida do Brasil, o mineiro Zwinglio Dias, 73 anos. Além de liderança religiosa, Zwinglio é teólogo, professor de Ciências da Religião, na Universidade Federal de Juiz de Fora , Estado de Minas Gerais, associado da Koinonia e editor da revista eletrônica: "Tempo & Presença Digital”....