Na China, a fé é dividida entre duas autoridades - Por Didi Kirsten Taltow
Uma mistura estranhamente agradável de música barroca italiana e tradicional chinesa corria pela Catedral Sul em recente noite de domingo, enquanto o grupo musical Sacabuche e músicos de Pequim executavam um tributo artístico ao padre jesuíta Matteo Ricci, que morreu há 400 anos nesta cidade. A união e briga do trombone e o violino do século 15 com o instrumento de cordas antigo zheng e o sheng, que soam mais poderosos no final da composição de Huang Ruo, de Nova York, pareciam espelhar o conflito dentro da igreja católica neste Natal. A igreja “patriótica” estatal e o Vaticano estão novamente brigando pela consciência dos fiéis. O Vaticano, na semana passada, acusou as autoridades religiosas chinesas de “intolerância intransigente” e os chineses rejeitaram a acusação como “arbitrária e rude”. Séculos após a morte do primeiro missionário de sucesso de Roma na China, o Estado chinês ainda discute a alegação do Vaticano de deter valores “universais” e está determinado...