Dinheiro e religião: relação infeliz – Por Wellington Miareli Mesquita *
“A gestão transparente dos bens da Santa Sé espalhados pelos quatro cantos do planeta e o ajustamento de suas finanças às exigências internacionais são medidas imprescindíveis para que o novo pontífice cumpra o seu legado pastoral livre de escândalos e com o nome limpo na praça” Diz o antigo ditado romano: “Quanno a Roma ce s’è posto er piede, resta la rabbia e se ne va la fede” ; isto é, quando se coloca os pés em Roma, a raiva fica e a fé vai embora. Certamente, ninguém conhece mais a Cúria e o Vaticano do que os próprios romanos, que dividem espaço com a sede da Igreja Católica há dois milênios. Religião, dinheiro e poder sempre foram alvo de polêmica, vide o caso do pastor Marco Feliciano e a Comissão de Direitos Humanos da Câmara. A igreja medieval abusou da indulgência e da simonia, a compra e venda ilícita de bens espirituais. A Reforma se voltou com furor contra a prática. Em uma de suas 95 teses, Lutero enfatizou: “Ofende-se a palavra de Deus quando s...