Novo curso da PUC-SP fala da História da Filosofia
Como nos adverte Émile Bréhier, em sua Histoire de la philosophie , temos motivos suficientes para “temer o passado, quando ele pretende apresentar-se em continuidade no presente e eternizar-se, como se apenas a duração criasse algum direito”. Mas o “passado eternizado”, o “passado temível”, não é o da história propriamente dita (entendida como disciplina); ao contrário, a história implica em considerar o passado como tal, penetrando-o na medida em que se trata de “enxergar, em cada um de seus momentos, uma originalidade sem precedente e que não retornará jamais”. Estes termos, e a despeito de uma gama de posições possíveis de serem adotadas face ao problema que nos ocupa – as relações da “história” com a “filosofia” – não há produção filosófica que não assimile ou integre, em alguma medida, sua herança histórica; assim como não há trabalho de história (filosófica) da filosofia que não dê provas da presença de uma corrente de pensamento. Mais do que um recorte de in...