Um grito dos que paulatinamente nos vão deixando – Por Adriano Mixinge
Costa Andrade “Ndunduma”, um vulto da política, da literatura e das artes plásticas, em entrevista publicada por O PAÍS a título póstumo. Dos primeiros, senão mesmo o primeiro em falar de angolanidade literária com a publicação do seu artigo “Deux expressions de l’angolanité” publicado, em 1962, na Présence Africaine – Revue Culturelle du Monde Noir , Costa Andrade “Ndunduma” foi uma figura destacada da sua geração e, nessa condição, viveu as suas complexidades, contradições, alegrias e tristezas, incluindo alguns dos seus momentos mais sombrios. Há quatro anos, via email, teve a amabilidade de responder para nós ao “questionário aos artistas plásticos angolanos”, como de resto também o fizeram Henrique Abranches e Edgardo Xavier e que aparecem recolhidos no livro de ensaios “Made in Angola: arte contemporânea, artistas e debates” (L’harmattan. Paris, 2009). Do jeito que lhe era característico, Ndunduma falou à vontade sobre o papel que a sua relação com a Política, a Litera...