Proibição do véu aprofunda sectarismo religioso na França – Por Suzanne Daley e Alissa J. Rubin
Malek Layouni não estava pensando no islã ou em seu véu quando levou seu filho de nove anos a um parque de diversões perto de Paris . Mas, no fim, era só isso que importava. Funcionários a pararam a caminho dos brinquedos, citando normas que proíbem cães, pessoas alcoolizadas e símbolos religiosos. Layouni ainda cora quando recorda a humilhação de ser barrada diante de amigos e vizinhos e de não ter resposta a dar a seu filho, que não parava de lhe perguntar: "O que foi que fizemos?" Mais de dez anos depois de a França ter aprovado sua primeira lei contra o uso do véu, proibindo meninas de usá-lo em escolas públicas, o assunto tornou-se uma das questões mais voláteis nas tensas relações do país com sua crescente população muçulmana. Políticos franceses de direita ou centro continuam a defender novas medidas para negar o acesso de mulheres que usam véus a empregos e instituições educacionais. Frequentemente, eles dizem que o fazem em nome da ordem pública o...