Judeus mortos fora dos campos de extermínio não têm recebido atenção de historiadores – Por Alison Smale
Olhando para fora da principal torre de vigilância que se eleva sobre o sombrio deserto de chaminés e crematórios em ruínas, alojamentos de prisioneiros destruídos, arames farpados e valas comuns de Birkenau , é difícil imaginar que tenham existido locais dentro do reino nazista onde, coletivamente, ocorreram mais mortes do que nos campos de extermínio nazistas. Na segunda-feira passada (27/01) foi comemorado o 69º aniversário do dia em que as forças soviéticas libertaram Auschwitz, que ficou conhecido como Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto. No entanto, um terço ou mais dos quase 6 milhões de judeus mortos durante o holocausto não morreram nos campos de concentração, responsáveis por assassinatos em escala industrial, mas sim devido a execuções em pontos que os historiadores chamam de locais da morte: milhares de aldeias, pedreiras, florestas, poços, ruas e residências espalhados por toda a extensão do Leste Europeu. O grande número de mortos re...