Eventos que Clio Recomenda: Exposição sobre a “Soberba”
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A soberba é a tendência de um indivíduo para um modo de vida caracterizado por grandes despesas supérfluas e pelo gosto da ostentação e do prazer. Textos antigos já afirmavam que a identidade do ser humano se afirma pela sua propriedade privada. Seus bens são seu modo de existência pessoal e, em consequência, sua vida essencial. A vida no modo "ter" foi amplamente analisada por Eric Fromm (1987). Na busca de uma orientação e participação num grupo, como forma de diminuir as angústias da existência, as pessoas seguem as regras sociais dos grupos, que participam, ou gostariam de participar. Pode ser associada à luxúria, altivez e apresenta um certo nível de presunção exagerada para com bens materiais. Frequentemente um indivíduo com essas tendências também apresenta vaidade e arrogância, juntamente com orgulho demasiado pelas próprias capacidades e eventuais realizações, sempre associadas aos bens tangíveis, ao luxo. Sendo um dos sete pecados capitais. Estes, por sua vez, são uma classificação de vícios usada nos primeiros ensinamentos do Catolicismo para educar e proteger os seguidores crentes, de forma a compreender e controlar os instintos básicos. Não há registro dos sete pecados capitais na Bíblia. A Igreja Católica classificou e selecionou os pecados em dois tipos: os pecados que são perdoáveis sem a necessidade do sacramento da confissão, e os pecados capitais, merecedores de condenação. A partir de inícios do século XIV a popularidade dos sete pecados capitais entre artistas da época resultou numa popularização e mistura com a cultura humana no mundo inteiro. De acordo com o livro "Sacred Origins of Profound Things" ("Origens Sagradas de Coisas Profundas"), de Charles Panati, o teólogo e monge grego Evágrio do Ponto (345 – 399) teria escrito uma lista de oito crimes e "paixões" humanas, em ordem crescente de importância (ou gravidade): Gula, Luxúria, Avareza, Ira, Soberba, Vaidade, Preguiça. Para Evagrius, os pecados tornavam-se piores à medida em que tornassem a pessoa mais egocêntrica, com o orgulho sendo o supra-sumo dessa fixação do ser humano em relação a si mesmo. No final do século VI, o Papa Gregório reduziu a lista a sete itens, juntando "vaidade" ao "orgulho" e trocando "acedia" por "melancolia" e adicionando "inveja". Para fazer seu própria hierarquia, o pontífice colocou em ordem decrescente os pecados que mais ofendiam ao amor: Orgulho; Inveja; Ira; Melancolia; Avareza; Gula; Luxúria; Já para Tomás de Aquino, a gravidade dos pecados era de tamanha ordem que foi elaborada mais uma lista. No século XVII, a igreja substituiu "melancolia", por "preguiça". Atualmente aceita-se a seguinte lista: Vaidade; Inveja; Ira; Preguiça; Avareza; Gula; Luxúria. Os pecados são diretamente opostos às Sete Virtudes, que pregam o exato oposto dos Sete Pecados capitais inclusive servindo como salvação aos pecadores.
Fontes:
OLSON, Roger E. História da Teologia Cristã: 2000 anos de tradição e reformas. São Paulo, VIDA, 2001.
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