Morte da Educação na Banalidade da Violência nos EUA

Os EUA passam por uma crise sem precedentes. um ex-aluno invadiu nesta quinta-feira um auditório da Universidade Northern Illinois (NIU), no nordeste dos Estados Unidos, um homem armado abriu fogo, deixando cinco mortos e 16 feridos, antes de cometer suicídio, no mais novo capítulo de uma série de tiroteios em centros de ensino americanos.


O atirador, vestido com uma camisa escura e armado com duas pistolas e um fuzil, invadiu um auditório da Northern Illinois University, onde havia mais de 100 estudantes, e abriu fogo, segundo a polícia e testemunhas. As autoridades desta universidade fundada há 112 anos e situada 105 km ao oeste de Chicago, Illinois (norte), informaram à polícia que o atirador cometeu suicídio depois de abrir fogo. Os investigadores identificaram o agressor, mas optaram por não divulgar até o momento a informação. Seria um homem jovem, que não era estudante da universidade. As motivações do criminoso são desconhecidas.Os estudantes descreveram cenas de pânico no sexto tiroteio registrado nos Estados Unidos durante a última semana, vários deles em escolas. O tiroteio aconteceu 10 meses depois que 32 estudantes e professores foram assassinados por um estudante com problemas mentais na Virginia Tech University, no pior massacre da história em um centro de ensino dos Estados Unidos. A Northern Illinois University, criada em 1895, é uma instituição de ensino e pesquisa que tem mais de 25.000 estudantes e quase 1.300 professores. Também tem 862 estudantes estrangeiros, de 88 países.O tiroteio em Illinois aconteceu dois dias depois que um estudante atirou em um colega de turma na lanchonete de uma escola secundária em Memphis, Tennessee (sul), em uma semana repleta de casos do mesmo tipo nos Estados Unidos. Na semana passada, outro estudante de Memphis recebeu um tiro na perna por parte de um colega durante uma aula de álgebra por uma discussão sobre letras de rap. Há sete dias, uma estudante matou outra antes de cometer suicídio em uma universidade na Louisiana (sul). Na quinta-feira, um homem abriu fogo em uma escola em Ohio (norte), ferindo a própria esposa diante dos alunos dela, antes de fugir e cometer suicídio. Mais cedo, o mesmo homem havia esfaqueado uma amiga da esposa.

Veja cronologia de alguns dos principais ataques a universidades americanas:

16 de abril de 2007: O sul-coreano Cho Seung-hui, 23, abre fogo no campus do Instituto Tecnológico da Virgínia (Virginia Tech), matando 32 pessoas e se matando em seguida. Ele usou uma pistola Glock 9 milímetros e outra arma calibre 22 no massacre.

2 de setembro de 2006: Douglas W. Pennington, 49, se suicida depois de matar seus dois filhos, Logan P. Pennington, 26, e Benjamin M. Pennington, 24, durante uma visita ao campus da Universidade Shepherdstown, na Virgínia do Oeste.

28 de outubro de 2002: Robert Flores, 40, estudante reprovado na Universidade de Enfermagem do Arizona e veterano da Guerra do Golfo, mata a tiros uma instrutora. Poucos minutos depois, munido de cinco armas, ele invade uma sala de aula e mata mais dois instrutores antes de se suicidar.

16 de janeiro de 2002: Peter Odighizuwa, 42, estudante de pós-graduação da Escola de Direito Appalachian, da Virgínia, mata três pessoas antes de ser detido por estudantes. Ele também fere três mulheres no ataque.

28 de agosto de 2000: James Easton Kelly, 36, que havia abandonado um programa de doutorado na Universidade do Arkansas após dez anos de estudo mata o professor de inglês John Locke, 67, que orientava sua tese, e se suicida em seguida.

15 de agosto de 1996: O estudante de pós-graduação em Engenharia da Universidade Estadual de San Diego, Frederick Martin Davidson, 36, saca uma arma durante a defesa de sua tese e abre fogo contra uma banca, matando três professores.

1º de novembro de 1991: Gang Lu, 28, estudante chinês de pós-graduação em Física, abre fogo em dois prédios da Universidade de Iowa, matando cinco funcionários --entre eles, quatro membros do Departamento de Física. O estudante se mata em seguida.

1º de agosto de 1966: Charles Whitman abre fogo de cima de uma torre de observação na Universidade do Texas, matando ao menos 16 pessoas.

Fonte: www.uol.com.br

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