Atentado contra Universidade de Navarra deixa 28 feridos
Governo espanhol responsabiliza ETA pela explosão com carro-bomba; nenhum grupo assumiu autoria
O ministro do Interior da Espanha, Alfredo Pérez Rubalcaba, disse que as 17 pessoas atingidas no atentado foram feridas sem gravidade, a maioria por estilhaçados de vidros. Segundo ele, um homem que disse falar em nome do ETA telefonou uma hora antes da explosão para as autoridades em Vitoria, capital do País Basco, avisando que uma bomba colocada em um Peugeot branco iria explodir "no campus da universidade." A polícia pensou que a explosão seria na Universidade de Vitoria, fez uma varredura no local e não encontrou nada, disse o ministro. Então, a bomba explodiu sem nenhum aviso em Pamplona, que fica 100 quilômetros ao leste de Vitoria. Um dos comandos do ETA foi desarticulado nesta semana. A polícia deteve na terça-feira três homens em Pamplona e uma mulher em Valência acusados de pertencer a comandos do ETA. Em 24 de maio de 2002, o ETA realizou outro atentado na Universidade de Navarra. Um carro-bomba com 20 quilos de explosivos foi pelos ares, no mesmo lugar, em frente ao edifício central do campus. Houve vários danos, porém ninguém ficou ferido com gravidade.
Repercussão
O ministro do Interior espanhol, Alfredo Pérez Rubalcaba, disse que os responsáveis por colocar o explosivo "acabarão" em frente ao juiz e na prisão. Três horas depois do atentado, o ministro ofereceu uma entrevista coletiva, em Madri, na qual disse que a ação poderia ter se transformado em uma "tragédia enorme." Pérez Rubalcaba disse que, uma hora antes da explosão, foi recebido um telefonema, em nome da ETA, na associação de ajuda rodoviária DYA da vizinha cidade basca de Vitoria, o que levou a polícia a inspecionar o campus universitário dessa cidade, já que o informante não precisava de que universidade falava. "Quem colocou a bomba não avisou, intencionalmente ou por engano. Dá no mesmo: poderíamos ter tido uma tragédia enorme na universidade, que felizmente não ocorreu", disse Pérez Rubalcaba, que disse que o veículo utilizado foi roubado na noite de quarta na cidade basca de Zumaia.
Fonte: http://www.estadao.com.br/internacional
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