O Islã

"O Islã é uma religião de paz e não de guerra, muito menos de violências. Precisamos aprender a ver os muçulmanos como pessoas religiosas, e não como fundamentalistas fanáticos": a declaração é do Cardeal Theodore Sarr, arcebispo de Dacar, e foi feita em uma pequena cidade do norte italiano, Conegliano Veneto, enquanto celebrava uma missa para católicos senegaleses, imigrados. Da cerimônia participaram também muitos muçulmanos. Após a missa, o cardeal almoçou com os africanos, e conversaram sobre assuntos de interesse comum, como a crise econômica, especialmente. "No Senegal, as relações entre muçulmanos, que são maioria, e católicos, minoritários, são pacíficas, de reconhecimento e respeito recíproco. Existe um anseio de compreensão mútua, pois, sem isso, seria impossível viver juntos. Espero que o mesmo aconteça na Itália" – disse o Cardeal Theodore Sarr. "Quando a fé é bem vivida, ajuda os homens a não se dividirem, mas a se amarem. Somos todos filhos do mesmo Deus; o Pai não quer que nos ofendamos" − acrescentou. Frisando que os muçulmanos não podem ser considerados simplesmente como extremistas, o arcebispo ponderou que "devem aprender a respeitar o modo de viver, as religiões e as leis do país do qual são hospedes". Em relação à luta contra a clandestinidade, o cardeal disse não concordar com a lei italiana, que a pune como um crime. Dirigindo-se aos italianos, lembrou que eles também foram imigrantes, e muitas vezes, irregulares. "O verdadeiro meio para contrastar a imigração clandestina é ajudar os países de origem a combaterem a fome e a promoverem o desenvolvimento" − sublinhou. Nesse sentido, o Cardeal Theodore Sarr afirmou que "a recente cúpula do G8 admitiu que muitos compromissos não foram cumpridos e que, agora, é preciso agir, sem se esquecer que, no passado, Europa e Ocidente exploraram desmedidamente os recursos africanos".

Fonte: http://www.oecumene.radiovaticana.org

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