Obra sobre Américo Boavida é chamada de atenção à juventude
A obra literária "Américo Boavida: Tempo e Memória (1923-1968)", da autoria do historiador Fernando Correia foi apresentada sexta-feira, em Luanda, num acto que contou com a presença de distintas personalidades do mundo literário e político. Em entrevista à Angop, Fernando Correia disse que o livro é uma chamada de atenção à juventude angolana, no sentido de preservarem a memória dos heróis nacionais, pelo contributo que deram na luta pela independência nacional.
Fernando Correia explicou que a obra é um registo de textos onde se destaca a narração de acções dos filhos da pequena burguesia, médicos, comerciantes, motoristas e outros, que procuraram dinamizar, através da literatura, a luta de libertação nacional. Para o vice-presidente do MPLA, Roberto de Almeida, que se fez presente no acto, todas as obras que reportam a luta de libertação nacional ou os feitos de individualidades que se evidenciaram ao longo da história "são sempre importantes".
"Estamos numa fase de recolha em que todos os elementos são necessários, pois cada um tem a sua história e todas são necessárias para compilar a grande história do nosso país e do movimento de libertação nacional", frisou. Salientou que a obra deve ser conhecida pelos angolanos para se conhecer o "valor da independência do país e o que deve ser feito para mantê-la livre de todos os perigos".
Por outro lado, Júlio Mendes, docente do Instituto Superior de Ciência da Educação (Isced), explicou que o livro divide-se em cinco capítulos que preenchem um vazio que existe na historiografia da luta pela independência nacional. "Contextualiza as épocas em que emergiram as acções dos nativistas, das associações culturais, da possante imprensa local cuja linha de actuação visava introduzir modificações nas relações sociais entre colonizadores e colonizados".
Júlio Mendes, ao fazer a apresentação da obra, salientou que no decurso das mais de 500 páginas "deparamo-nos com as diferentes facetas da vida de Américo Boavida, na qual o autor construiu com fontes imprensas, documentais, iconográficas e orais". Assistiram ao lançamento, entre outros convidados, a ministra da Cultura Rosa Cruz e Silva.
Fonte: http://www.portalangop.co.ao
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