“Peregrinos da verdade, peregrinos da paz”
A Jornada de reflexão, diálogo e oração pela paz e justiça no mundo tem como tema: “Peregrinos da verdade, peregrinos da paz” A Jornada acontecerá na cidade italiana de Assis, no dia 27 de outubro. O Presidente do Pontifício Conselho Justiça e Paz; Cardeal Peter Kodwo Appiah Turkson, destaca que 25 anos depois do primeiro encontro em Assis, a Igreja Católica convida novamente todos os cristãos e todos os homens de boa vontade a unirem-se neste caminho fraterno. O objetivo da Jornada, como salientou o Papa Bento XVI no encontro com a comunidade muçulmana na Alemanha, é mostrar, com simplicidade, que os homens religiosos e aqueles de boa vontade desejam oferecer sua contribuição para a construção de um mundo melhor, reconhecendo, ao mesmo tempo, a necessidade de crescer no diálogo e na estima recíproca. “Depois de 25 anos de colaboração entre os religiosos e de testemunho comum é tempo de por na balança e de relançar neste empenho diante de novos desafios, como a crise econômica e financeira que dura mais do que o esperado; crises de instituições democráticas e sociais; crise alimentar e ambiental; migrações bíblicas; formas mais sutis de neo-colonialismo; no flagelos contínua da pobreza e da fome; no terrorismo internacional; nas crescentes desigualdades e nas discriminações religiosas”, destaca Cardeal Peter Kodwo. Em vista da paz, destaca ainda o cardeal, somente o conhecimento teórico não basta, é preciso uma mobilização de espírito, a busca por novos caminhos e boas práticas. Para o secretário do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, monsenhor Pier Luigi Celata, são muitos os desafios que necessitam da colaboração recíproca das diversas religiões. “É claro que da capacidade deles depende a atenção, a consideração da sociedade civil. Da capacidade das religiões de servir ao homem na totalidade de sua dignidade depende, em última instância, a credibilidade deles”, ressalta monsenhor Celata. Assim, a Jornada de Assis, que surgiu por desejo do Beato João Paulo II, é uma oportunidade de se fazer peregrino para refletir, mediante a escuta e o silêncio, e se encontrar vias de diálogo para reavivar o empenho comum para servir o homem com justiça e paz entre as nações e ao interior de cada sociedade. Delegações e representantes das diversas religiões e comunidades No encontro estarão representantes de diversas religiões da Ásia e África, como o presidente da Direção dos Muçulmanos de Caucaso, Sheick-ul Islam Allahshukur Pashazade; um representante do Rei da Arábia Saudita e Guardião das duas Mesquitas Sagradas, o vice-ministro da Educação, HE Muammar Al Faisal; o Secretário-Geral Interino do Centro Internacional para o Diálogo Inter-Religioso e Intercultural Rei Abdullah Bin Abdulaziz; um representante do Rei de Marrocos, o Ministro dos Assuntos Islâmicos, professor Ahmad Tawfiq; e um membro da família real da Jordânia, príncipe Ghazi bin Muhammad. Serão ainda 17 delegações das Igrejas Orientais: O Patriarca Bartolomeu I guiará a delegação do Patriarcado Ecumenico de Constantinopla; o Arcebispo de Tirana, como representante de toda a Igreja Ortodoxa da Albânia; uma delegação do Patriarcado de Moscou e muitos outros representantes das Igrejas Ortodoxas Orientais, como a Patriarcado sírio-ortodoxo, a Igreja Apostólica Armênia e a Igreja Ortodoxa Síria Malankara, além de uma delegação da Igreja Assíria do Oriente. Outras 13 delegações estarão presentes para representar as Igrejas e comunidades eclesiais do Ocidente, como a Comunidade Anglicana, da Federação Luterana Mundial, Comunhão Mundial das Igrejas Reformadas e do Conselho Metodista Mundial. Uma delegação judia, dirigida pelo Grão-Rabino de Israel e outras de caráter internacional também aceitaram o contive do Papa Bento XVI para participar desta Jornada em Assis. Estudiosos da Europa e da América também foram convidados e trarão para o encontro um aspectivo linguístico e cultural da sociedade, esclarece o sub-secretário do Pontifício Conselho da Cultura, monsenhor Melchor José Sánchez de Toca y Alameda. | |
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