Congresso de Cultura Afro começa nesta quarta em Arapiraca


Foto: Assessoria
Congresso vai durar três dias
A Universidade Estadual de Alagoas (UNEAL) estará promovendo mais uma ação do projeto Xangô Rezado Alto, criado para celebrar a memória do centenário do episódio conhecido por "Quebra de Xangôs de 1912", ocorrido em Maceió.
Desta vez, a UNEAL realizará o Congresso de Cultura Afro Brasileira em Alagoas, que acontecerá na cidade de Arapiraca, sede da instituição, entre os dias 16 e 18 de maio, no Clube Levino´s, conforme programação a seguir, trazendo palestrantes de Pernambuco, Sergipe, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia, além de mediadores e palestrantes de Alagoas, que discutirão temas como: O Quebra dos Xangôs de 1912; Movimentos de Resistência Negra; Formação Histórica das Religiões Afro Brasileiras, e Contextos e Nações Afro-Religiosas.
A expectativa é que mais 300 pessoas participem do Congresso nesses três dias, oriundos de Maceió, do interior  e até de outros estados.
O projeto Xangô Rezado Alto teve dois momentos até agora: as ações ocorridas nos dias 01 e 02 de fevereiro, datas do quebra, propriamente dito, quando foi realizado um grande cortejo pelas rua do centro de Maceió e diversas apresentações artísticas, além do pedido oficial de perdão feito pelo Governador de Alagoas, Teotonio Vilela Filho, em nome do Estado, às comunidades terreiro de Maceió pelas atrocidades cometidas há cem anos.
E, mais recentemente, o evento realizado no último fim de semana, quando aconteceu o lançamento da Cartilha da Gira da Tradição, uma pesquisa sobre os saberes tradicionais utilizados e reproduzidos, de acordo com o pertencimento às diferentes linhagens étnicas com as quais se identificam  - Ioruba, Gêge, Nagô, Ketu, Angola entre outras e intercâmbio de saberes entre as diferentes linhagens religiosas; o vídeo Gira da Tradição, que ilustra o pensamento das pessoas que fazem a manutenção da memória e do desenvolvimento das casas religiosas de matriz africana em Maceió; e o número especial da Revista Graciliano, editado pela Imprensa Oficial, que tratará de diversos aspectos do "Quebra de 1912".
Além disso, foi apresentado o espetáculo “1912: Oração e Vozes”, da Cia. de Dança Maria Emília Clark, no qual os bailarinos contextualizam o estigma da intolerância religiosa aos Orixás, Voduns e Inquices; a história da rota da escravidão em Alagoas e suas repercussões na atualidade. O espetáculo emocionou e arrancou aplausos da plateia de pé.
A noite teve como grande destaque a entrega da premiação do I Prêmio de Incentivo Cultural para Comunidades Terreiros, que premiou com R$ 6.000,00 (seis mil reais), cada, a dois projetos:
- Tambores de Minha Terra, da Associação Cultural Tambores de Alagoas, que tem a Orquestra de Tambores como um de seus projeto mais reconhecidos;
- Maracatu nas Escolas, da associação Hùnkpàmé Alàirá Izó, do já reconhecido Pai Elias de Airá.
Mais informações e currículos resumidos dos palestrantes podem ser acessados pelo blog xangorezadoalto.blogspot.com, ou pelo telefone: (82) 3315-7892 ou pelo e-mail: projetoxango@gmail.com.
Tel. (82) 3315-7892; Pelo Blog: xangorezadoalto.blogspot.comPelo e-mail: projetoxango@gmail.com

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