PT tenta afastar agenda religiosa de Haddad
Preocupados com possíveis danos à candidatura de Fernando Haddad, líderes petistas afirmaram que a “agenda religiosa” deve ser evitada para o “bem” da democracia.
“A religião não pode ir para o embate político. Isso é muito ruim, muito perigoso”, declarou o presidente estadual do PT, Edinho Silva. “Religião é de foro íntimo e pessoal. Trazer uma questão tão subjetiva, eu penso que é um retrocesso democrático.”
Em um encontro de líderes da sigla em Embu das Artes, na Grande São Paulo, caciques petistas afirmaram que Haddad não tem problemas em debater nenhum tema, mas rebateram a declaração de Serra de que é legítima a discussão de princípios religiosos durante a campanha.
“Não gostaria de ver repetida aquela campanha fundamentalista, reacionária, obscurantista que ele (Serra) promoveu na última disputa”, disse o presidente nacional do PT, Rui Falcão.
“O Serra está colocando em risco sua biografia. O Brasil espera dele outra postura”, afirmou Edinho. “O PT, quando não alimentou esse debate, ajudou para o fortalecimento da democracia. Não temos de entrar nisso. O PT tem de fazer campanha defendendo propostas”, acrescentou.
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