IGREJA PROCURA NOVAS FORMAS DE RELACIONAMENTO HUMANO
Neste Domingo aconteceu em Dublin ( Irlanda ) a abertura do
quinquagésimo congresso eucarístico internacional
A delegação angolana ao conclave faz-se representar por 47 congressistas. É a sexta participação do nosso país num evento do género.
“Em saber que somos muito, então somos um só corpo”, a letra do hino deste congresso eucarístico internacional, foi inúmeras vezes entoado”, de acordo com o relato do enviado especial da Ecclesia, Frei Estêvão.
O Cardeal Arcebispo Diarmuid Martin de Dublin, fez as honras da casa e, desejou as boas vindas aos mais de vinte mil congressistas provenientes de 120 países. A eucaristia comunhão com Cristo é o tema deste encontro entre nós, aberto na manha deste Domingo pelo legado pontificio do Papa Bento XVI, que presidiu à eucaristia.
Trata-se de um tema relevante numa altura que se registam, mudanças fundamentais nos padrões de comunicação e nas relações humanas. De acordo como o documento de base deste congresso, o mundo regista uma diminuição nas relações inter-pessoais e nos laços sociais tradicionais.
Um facto que leva a Igreja a procurar novas formas de relacionamento a nível nacional, regional e mundial. Este desafio levanta a questão de como a Igreja leva a sua própria vida de comunidade.
A Eucaristia coloca-nos em comunhão que por sua própria natureza é missionária evangelizadora. Se nós vivermos as implicações da eucaristia, mostramos Jesus na sua vida comunitária pessoal. A comunhão e evangelização estão intimamente ligadas, pois, só um povo de Deus se reúne na unanimidade e na unidade poderá convencer o mundo.
Na sua homilia o Cardeal Marc Oullet, o Legado pontifício do Papa Bento XVI neste encontro, reafirmou que o congresso eucarístico internacional é um acto de fé na santa eucaristia, um tesouro central para a vida da Igreja.
A delegação de Angola que desembarcou na tarde deste sábado, participou já na abertura do Congresso. O Padre Alexandre Tchicamby, da missão católica de Santo António de Pinda, no Soyo diz que o tema do congresso é sempre actual.
A ecclesia também ouviu a opinião de alguns membros da delegação angolana que enfrentaram algumas dificuldades ligadas a ausência da língua portuguesa, que não consta das sete línguas oficias deste evento.
Curiosamente, durante a oração universal, varias línguas pouco representativas como Ibon, uma língua nacional da Nigéria, também foram ouvidas, mas a língua de Camões, ensinada e falada no pais mais católico do mundo, o Brasil e no pais mais católico da África austral, Angola, foi mesmo esquecida.
Ouvidos pela ecclesia alguns membros da delegação angolana reagiram à maneira mesmo angolana, alguns angolanos foram obrigados a falar a língua espanhola e o francês, já que a língua portuguesa não consta das sete línguas oficiais do congresso eucarístico internacional.
O Programa da semana prevê três momentos principais nomeadamente: As catequeses, o testemunho apresentado pelos leigos ou uma história de fé e a missa de conclusão dos trabalhos. De Resto, tudo está preparado para o início dos trabalhos.
O local onde decorre o evento, está transformado numa espécie de aldeia eucarística, com a presença de cem jornalistas, que ao longo da semana vão escrever a partir da Irlanda, um pais, chuvoso e verde, onde o sol nasce às três horas da manhã, porque a noite é muito curta.
Fonte: http://apostolado-angola.org
Comentários