Igreja apela à reconciliação e à paz no Congo - Por Francisco Pedro
«Esta visita apostólica à terra congolesa tem como objetivo confirmá-los na fé. Quer também e sobretudo manifestar a proximidade do Santo Padre, que os carrega em seu coração e em suas orações», afirmou o cardeal Fernando Filoni, na celebração eucarística na Catedral de Notre Dame do Congo, em Kinshasa, que marcou o início da sua visita à República Democrática do Congo.
No comentário ao Evangelho, o Prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos abordou as questões sociais e eclesiais.
«No plano social, a doença e a morte que causaram a intervenção de Jesus representam todos os males e tragédias sofridas hoje pelos congoleses. Muitas são as vítimas das injustiças sociais, da violação dos direitos humanos, da violência indiscriminada, das guerras incessantes e da insegurança. Os flagelos da pobreza, das doenças, do ódio e da divisão são uma verdadeira causa de sofrimento para os indivíduos e famílias», afirmou, citado pela agência Misna.
«No plano eclesial, a doença e a morte representam o nosso pecado pessoal e comunitário, os problemas morais e espirituais que afligem a Igreja e os comportamentos contrários à nossa vocação cristã à santidade. São os ciúmes que criam conflitos e divisões dentro da comunidade cristã, o tribalismo, o nepotismo e tudo aquilo que provoca a rejeição do outro, a falta de uma fé sincera e de compromisso que resulta na frequência irregular aos sacramentos, no sincretismo religioso, na frequentação das seitas e na apostasia», adiantou o cardeal.
«Emerge de modo particular a situação problemática da família, por causa da falta de respeito da moral conjugal católica, da convivência, do divórcio e da poligamia. Em todas estas questões, a Igreja-Família na República Democrática do Congo precisa de conversão e renovação», concluiu Fernando Filoni, reafirmando a intenção da Igreja em promover a reconciliação, a justiça e a paz, no Congo.
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