Pesquisa aponta que igrejas históricas no Brasil sofrem retração, enquanto as neopentecostais crescem - Por Dan Martins
O crescimento do número de
evangélicos no Brasil, apontado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), teve um grande destaque em todos os meios de comunicação
nas últimas semanas.
Dentro desse crescimento, uma pesquisa aponta que as
igrejas protestantes históricas ou “igrejas evangélicas de missão” estão em
retração, enquanto as igrejas de origem pentecostal se expandem.
A pesquisa foi realizada pelo
Bureau de Pesquisa e Estatística Cristã (BEPEC) que analisou os microdados
referentes às religiões do Censo demográfico 2010 liberado recentemente pelo
IBGE.
De acordo com o estudo, muitas
das “igrejas evangélicas de missão” apresentaram uma redução de 10,76% em seu
número de fiéis no período analisado (2000 a 2010), entre essas igrejas pode-se
destacar a igreja congregacional com diminuição de 26,37%, a Luterana com –
5,9%, a presbiteriana com – 6,10% e metodista com – 0,01%. Apenas algumas das
igrejas consideradas históricas apresentaram crescimento no período, como as
igrejas batistas com 17,74% e adventistas, com 29,03%.
Em contrapartida as igrejas de
origem pentecostal mostraram um crescimento considerável no período,
representando a maior parte do crescimento de evangélicos observado pelo IBGE.
Com um crescimento total de 44,01% entre as pentecostais, a igreja com maior
crescimento foi a igreja Assembleia de Deus com 46,28%, em seguida a Igreja
Evangelho Quadrangular com 37,12%, e depois a Igreja Universal do Reino de Deus
com 28,37%.
Porém, o diretor do BEPEC, Danilo
Fernandes, afirma que apesar dos dados existe a possibilidade que a tendência
de retração das igrejas históricas no Brasil sofra uma reversão, devido ao
crescente interesse da nova geração de protestantes históricos no aprimoramento
do conhecimento teológico e pela produção literária.
De acordo com o The Christian Post,
ele destaca também que dissenções e escândalos constantemente apontados nas
grandes denominações pentecostais podem fazer com que comece uma tendência de
retração nessas igrejas.
- A rota de muitos decepcionados
com a igreja, os órfãos das promessas não cumpridas, é a ortodoxia. Esta não é
a estrada mais ampla, mas é uma artéria importante, de formadores de opinião –
afirmou ele.
- O crescimento deste grupo têm
alimentado nos últimos anos as igrejas tradicionais que sofreram sangrias na
primeira metade do último decênio. Eu creio em um retorno – conclui.
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