Governo vai atrasar o “plano pró-gay” para não perder votos entre evangélicos e católicos, afirma jornalista - Por Dan Martins
Em função das eleições municipais desse ano, o governo federal estaria adiando
o lançamento do: Plano Nacional de Cidadania para Gays, Lésbicas, Bissexuais e
Transexuais.
Isso é o que afirma o colunista do Estadão, Roldão Arruda, que
alega que essa suposta desaceleração na agenda gay por parte do governo federal
é uma manobra para não afastar os eleitores cristãos.
O jornalista afirma que
assessores do governo haviam revelado a intenção do governo em adiantar o plano
de políticas públicas em favor dos homossexuais, mas que esse plano agora se
encontra estagnado por causa da proximidade com as eleições.
Segundo ele, a
proposta que estava prevista para ser lançada entre os meses de agosto e
setembro agora não tem mais prazos definidos.
- Em maio, assessores envolvidos
na elaboração da proposta haviam revelado que o Palácio do Planalto estava
disposto a acelerar o processo e que o prazo de lançamento, previsto para
dezembro, poderia ser adiantado para agosto ou setembro. Agora, porém, não se
fala mais em prazos – relata.
De acordo com Roldão, no último
mês a proposta foi discutida e aprovada em um conselho nacional ligado à
Secretaria de Direitos Humanos, de onde seguiu para a Casa Civil da Presidência
da República e, de lá, para os 18 ministérios que participarão das ações, que
têm até setembro para apresentar suas propostas de orçamento para a pauta.
Roldão afirma que com essa
redução de ritmo o lançamento do projeto pode vir a acontecer em dezembro, ou
até mesmo no próximo ano. Ele aponta que esse adiamento tem por motivação
cativar os eleitores evangélicos e católicos nas eleições municipais desse ano.
- O que preocupa o governo agora
são as eleições municipais e suas articulações políticas. Elas envolvem, é
claro, grupos ligados a igrejas evangélicas, cada vez mais presentes na cena
eleitoral e, na maioria das vezes, contrários às reivindicações dos gays. Só em
São Paulo, 15 pastores vão concorrer a cadeiras na Câmara dos Vereadores –
critica o jornalista.
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