Igreja Matriz do Divino Pai Eterno/Goiânia vira Patrimônio Histórico Nacional – Por Márcia Sousa
O Santuário do Divino Pai Eterno,
em Trindade, na Região Metropolitana de Goiânia, foi tombado como patrimônio
histórico pelo Instituto Nacional do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
(Iphan).
A oficialização do reconhecimento foi publicada no Diário Oficial da
União da sexta-feira (28). De acordo com a publicação, parte dos bens móveis
também foi tombada: cortavento, Cristo crucificado, balaustrada e altar-mor da
capela mor, altares lateral esquerdo e direito, acesso ao púlpito e o próprio
púlpito.
“Foi uma notícia muito boa, muito
esperada e a recebemos com muita alegria. Nossa igreja tem uma história de 100
anos e uma tradição de 172 anos de devoção ao Divino Pai Eterno e merece isto”,
afirma o pároco responsável pela igreja, Marco Aurélio Martins da Silva.
No início deste mês, foram
comemorados os 100 anos do templo, conhecido também como Igreja Matriz.
Totalmente restaurada, o local não perdeu os detalhes que deram origem a uma
das maiores romarias do país. No altar, predominam as características do estilo
barroco. Tudo foi talhado na aroeira por um padre redentorista em 1912.
Ao andar pelo templo é possível
perceber a simplicidade da obra de adobe, uma espécie de tijolo rústico feito
de terra, água e palha. Da madeira de sustenção cortada no facão, do piso cheio
de falhas, da cúpula da torre, erguida sem técnica. Os sinos vieram da Alemanha
na época da inauguração, assim como o relógio, também alemão, que agora não
funciona, mas durante anos marcou a vida dos moradores da cidade.
A história do Santuário se confunde
com a de Trindade, que cresceu em torno da igreja. Nesses 100 anos, os devotos
do Divino Pai Eterno se multiplicaram e festa em devoção ao padroeiro se tornou
uma das maiores do país. A Igreja Matriz recebe, por ano, aproximadamente 2,5
milhões de fieis.
Para o pároco Marco Aurélio, o
tombamento trará benefício. "Primeiro, a segurança histórica e a
preservação, para que as próximas gerações possam usufruir da igreja. Segundo,
a garantia de mais visibilidade e reconhecimento pela sua história”.
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