Seicho-no-ie e a gratidão aos antepassados - Por Adival Pinto



Agradecer aos antepassados é um dos principais ensinamentos da Seicho-no-ie, religião que surgiu no Japão em 1930, quando Masaharu Taniguchi começou a divulgar revistas com mensagens positivas. 

"Através dessas leituras, as pessoas foram recebendo graças. Não é que seja uma religião milagreira, mas isso acabou acontecendo", explica Enezel dos Santos Matielo, preletora da Seicho-no-ie em Sorocaba. Enezel enfatiza que essas revistas são publicadas até hoje (Fonte de Luz, Acendedor, entre outras).

Em Sorocaba e região, a Seicho-no-ie possui em torno de 20 mil adeptos. Seicho-no-ie significa Lar do Progredir Infinito e é mais do que uma religião: pode ser considerada uma filosofia de vida. Isso porque a doutrina prega que ao agradecer a todas as coisas, encarando tudo de modo positivo, é possível ser mais feliz. 

"Nós não somos contra nenhuma religião. A Seicho-no-ie reconhece todas as religiões como ensinamentos maravilhosos onde a pessoa vai encontrar aquilo que precisa", diz Enezel.

Os membros da Seicho-no-ie realizam algumas práticas que ajudam a superar os obstáculos do dia a dia, como a Meditação Shinsokan, a leitura de Sutras Sagradas e o culto aos antepassados. 

"São práticas para o dia a dia e não apenas para fazer dentro da igreja. E funcionam. A vida vai mudando. A gratidão aos antepassados é muito importante, mas as pessoas se esquecem disso, principalmente de agradecer a pai e mãe", acrescenta Enezel.


Experiência de cura


Enezel tem 73 anos e conta que conheceu a Seicho-no-ie em 1986, através de uma revista. "Eu era católica praticante e quando vi a revista achei muito bonita, mas pensava que aquilo tudo era só para japonês. Quando fiquei sabendo que tinha aqui no Brasil também e que todos poderiam frequentar, então fui conhecer e não saí mais", afirma.

Enezel atribui à Seicho-no-ie a vida em harmonia, saúde e prosperidade que tem levado junto de sua família. "A gente vê as pessoas sofrendo tanto, então por que não fazer algo para ser feliz? Com a nossa filosofia a gente tem força para enfrentar as dificuldades", diz.

Entre as diversas graças, muitas alcançadas no dia a dia, Enezel lembra de uma cura. "Uma vez tive paralisia facial, mas como eu já praticava a gratidão aos antepassados, recebi uma recomendação para lavar os túmulos dos antepassados do meu marido. Lavar o túmulo é uma consideração com quem já se foi. Em 10 dias eu estava curada e não tenho problema nenhum no rosto. É claro que tive acompanhamento médico, mas tem pessoas que ficam com sequelas, e no meu caso nem parece que passei por isso", testemunha. (D.J.)

SEICHO-NO-IE DO BRASIL - SEDE REGIONAL

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