Umbandistas comemoram lei federal que legitima aniversário de religião
O Dia
Nacional da Umbanda, comemorado há seis anos na Casa de Cláudia, em São João de
Meriti, teve um significado diferente.
Foi o
primeiro ano de confraternização após o reconhecimento da data, instituída por
lei federal pela presidente Dilma Rousseff. A comemoração celebrou os 104 anos
da religião, completados nesta quinta-feira.
O evento
contou com a presença de representantes de nove casas da religião da capital e
da Baixada Fluminense, atraindo cerca de 300 pessoas. Lá, os umbandistas
cantaram para homenagear entidades e orixás numa sessão festiva com
incorporação mediúnica e bênçãos.
É uma
resposta à pressão da sociedade umbandista, mostrando a sua existência como
religião. Essa comemoração está com um gosto diferente.
Um gosto
de legitimação maior na lei - disse Marco Xavier, presidente do Movimento
Umbanda do Amanhã (Muda), que organizou o evento.
É dia de
festa da única religião brasileira - comemorou Marilena Mattos, dirigente da
Casa de Cláudia.
Com toque
do tambor e cânticos, os umbantistas abriram a “gira” em homenagem à umbanda,
nome dado à celebração. A dirigente Nancy Pedrosa, do Grupo Espírita Seguidores
da Verdade, com sede na Pavuna, relembrou do começo na religião, na década de
50, num tempo em que os tambores eram furados e os terreiros, fechados pela
polícia.
A gente
chamava o policial de “perna de coro”. Hoje, a umbanda está mais forte. Isso
não é lindo? - perguntou.
A médium
Maria Cecilia Soares, da Casa Tenda Espírita Caboclo Flecheiro, em Santíssimo,
era evangélica até 2002. De lá para cá, se tornou umbandista. E disse ter se
encontrado na religião.
O Brasil
é laico e as religiões precisam ser respeitadas. A umbanda merece esse
respeito.
Nós somos
muito discriminados e isso não é de hoje. É um dia muito importante para a
umbanda - comentou a dirigente Jussara Peixoto Gomes, da Cabana Espírita Pai
Joaquim de Loanda.
Fonte: http://extra.globo.com
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