UCP: Jornadas de teologia estudam dimensão celebrativa da fé
A reforma e as dinâmicas criadas
pelo concílio «não estão esgotadas», disse o diretor da Faculdade de Teologia.
O diretor da Faculdade de
Teologia de Universidade Católica Portuguesa (UCP) considera que a “reforma e
as dinâmicas” criadas pelo concílio "não estão esgotadas”.
A decorrer na UCP, em Lisboa, até
hoje, as jornadas de teologia com o tema «Celebrar e viver a fé: Mistério,
Ação, Vida», o padre João Lourenço, ao referir-se a esta iniciativa, frisou à
Agência ECCLESIA que “uma das grandes preocupações do II Concílio do Vaticano
foi a reforma litúrgica” e que as jornadas “têm prevalentemente uma tónica
ligada ao sentido celebrativo”.
Existem grupos, comunidades e
movimentos onde a dimensão celebrativa “é evidente”, mas “existem outras onde
essa dimensão é mais estática”, no entanto, sublinha o diretor da Faculdade de
Teologia, pode-se “conferir à liturgia dimensões mais vivenciais,
experienciais e participativas e envolventes”.
Por sua vez, o professor de
teologia, o dominicano José Nunes, realça que os participantes refletem sobre a
fé no “contexto vivencial e celebrativo” e a “celebração pública da fé é a
liturgia”.
“É importante celebrar a fé,
fazer a festa e perceber o que foi a história da liturgia nestes dois mil anos
de história da Igreja, tal como a pluralidade de linguagens a ter na celebração
litúrgica”, frisou o José Nunes.
O II Concílio do Vaticano fez um
“corte radical” no modo de celebrar a fé, afirmou o professor da UCP, e
acrescenta: “Passámos da língua latina às línguas vernáculas, fez-se uma
restauração das orações eucarísticas e dos missais”.
O concílio fez “essa revolução”,
no sentido de “maior participação e compreensão” das pessoas, salientou.
Frei José Nunes considera que é
fundamental ter “uma celebração da fé que dignifique o mistério”, mas que “não
seja o banal e o «comercial»” e isso é visível em “certos cânticos” porque “são
bastante pobrezinhos”.
Para José Eduardo Borges de
Pinho, as jornadas debatem o “tema nuclear” da celebração da fé porque “tudo
tem aí o seu centro e a sua fonte de irradiação”.
As jornadas de teologia tiveram o
seu início esta quarta-feira e terminam hoje, em Lisboa, na Universidade
Católica Portuguesa.
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