52 sites que divertem e ensinam – Por Marina Azaredo
Seu filho faz parte da chamada
"geração Y". Também conhecida como geração da Internet, ela é
composta por nascidos depois da década de 80 e tem como principal
característica o seu crescimento em uma época de grandes avanços tecnológicos.
Isso quer dizer que o computador faz ou fará parte da rotina dele (como a TV
talvez tenha feito da sua).
"As crianças e os adolescentes de hoje são
nativos do computador e da internet. Já os adultos são imigrantes. São relações
muito diferentes", afirma Melina Veiga, especialista em Tecnologias
Interativas Aplicadas à Educação e professora de Informática do Colégio Santa
Marcelina, em São Paulo.
Um dos principais símbolos dessa
nova geração é justamente a internet. Seja ela via computador, seja via
celular. A pesquisa Kids Expert 2008, encomendada pelo canal infantil Cartoon
Network, mostra que 60% das meninas entre 7 e 15 anos ficam entre 30 minutos e
quatro horas por dia conectados. Entre os meninos, o percentual é de 55%. Mais
de 6 500 crianças foram entrevistadas no ano passado.
E o que essas crianças e esses
adolescentes fazem na rede? Essa mesma pesquisa mostrou que eles passam boa
parte do tempo em programas de mensagens instantâneas e redes sociais, como
Orkut e Facebook, conversando com amigos e visitando álbuns de fotos -
passatempos que não necessariamente acrescentam algo à formação intelectual.
O tempo passado na Internet pode
ser voltado para o aprendizado e a aquisição de conhecimentos. Há diversos
sites que incentivam o desenvolvimento saudável de crianças e adolescentes,
ampliando o seu universo cultural. Combinando informação com diversão, eles
são, também, um excelente passatempo, que podem entreter e divertir os jovens.
"Há conteúdos muito ricos na internet, para todas as idades. Acessando
sites adequados para a faixa etária, crianças e adolescentes poderão aproveitar
o que há de melhor na rede", diz Helena Cortês, professora da Faculdade de
Educação da PUC-RS.
É justamente por isso que os pais
devem participar mais dessa navegação, dessa exploração do mundo, orientando os
filhos e fazendo uma mediação durante os momentos em que ele usa o computador.
Mesmo em sites seguros, de conteúdo educativo, pode haver "falha" na
segurança.
Sites voltados para crianças com comunidades que possibilitam a
interação entre os internautas, por exemplo, precisam de moderação e de um bom
sistema de cadastro. "Um dos maiores perigos da internet é a pedofilia. Em
comunidades e sites de relacionamento, as crianças correm risco de se
relacionar com pessoas mal intencionadas", alerta a educadora Luciana
Allan, diretora técnica do Instituto Crescer para a Cidadania.
Outra recomendação dos educadores
é que os pais atentem ao excesso de publicidade em determinadas páginas, há um
projeto de lei em tramitação no Congresso que proíbe qualquer tipo de
comunicação mercadológica voltada para crianças. "O apelo ao consumo por
parte das crianças é algo condenável", afirma Maria Ângela Barbato
Carneiro, professora da Faculdade de Educação da PUC-SP.
Também é bom prestar
atenção no tempo passado em frente ao computador. "É preciso evitar que o
computador se transforme em uma babá eletrônica. Ele deve ser apenas um dos
muitos recursos usados na Educação de crianças e adolescentes", recomenda
Helena Cortês.
A equipe do Educar para
Crescer fez uma lista de sites educativos para crianças e adolescentes e
solicitou a avaliação de sete especialistas em Educação:
- Adriana Bruno, professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
- Helena Cortês, professora da Faculdade de Educação da PUC-RS
- Humberto Estevam, diretor de ensino do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro (IFTM)
- João Luís de Almeida Machado, doutor em Educação pela PUC-SP e coordenador pedagógico da Escola Moppe, em São José dos Campos (SP)
- Luciana Allan, diretora técnica do Instituto Crescer para a Cidadania
- Maria Ângela Barbato Carneiro, professora da Faculdade de Educação da PUC-SP
- Melina Veiga, especialista em Tecnologias Interativas Aplicadas à Educação e professora de Informática do Colégio Santa Marcelina, em São Paulo
Fonte: http://educarparacrescer.abril.com.br [com a reportagem completa].
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