Conferência avalia convivência de cristãos em áreas de conflito
Termina hoje, no mosteiro Notre Dame du Mont, nas
proximidades de Beirute, no Líbano, a
Conferência Ecumênica Internacional
composta por representantes de igrejas que vivem em contextos religiosos e
políticos atribulados, com o propósito de articular novas formas de
solidariedade da família ecumênica.
Garantir a presença e o
testemunho cristão no Oriente Médio tem sido um desafio teológico e político,
incluindo ai a necessidade de reduzir as diferenças e ampliar o diálogo entre
as igrejas do Oriente Médio com as igrejas do Oriente e do Ocidente.
Embora não existam números confiáveis relacionados a situações de conflito na Palestina e no Iraque, é possível identificar um decréscimo significativo de cristãos nessas áreas por causa da ocupação israelense e das consequências da guerra no Iraque.
Em 2003, quase 6% da população do Iraque era de cristãos. Hoje, essa proporção não passa dos 1%. Em outros países, como Síria, Líbano, Jordânia e Egito, a presença de populações cristãs foi diminuindo durante longos períodos, muitas vezes devido a realidades demográficas, econômicas e de imigração.
Igrejas no Oriente Médio são vistas como o berço do cristianismo e seus números decrescentes representam uma preocupação premente para a comunidade cristã mundial. Daí a importância dessa Conferência, iniciada na terça-feira, 21, e organizada pelo Conselho Mundial de Igrejas (CMI) e pelo Conselho de Igrejas do Oriente Médio (CIOM).
O encontro tem como base os
resultados de duas consultas regionais: a primeira, realizada em Volos, na
Grécia, em junho de 2011, e a segunda, uma consulta entre cristãos e muçulmanos
sobre a presença cristã e testemunho no mundo árabe, que teve lugar no
Catolicato armênio na Cilícia, Antelias, no Líbano, em janeiro de 2012.
Participa da Conferência o pastor sinodal Altemir Labes, da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB).
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