Palestra em Alagoas discute religiões de matrizes africanas no dia da Consciência Negra – Por Bárbara Pacheco
Promover um espaço de estudo e debate sobre religiões de matrizes
africanas. Esse é o principal objetivo da Superintendência de Políticas
Educacionais da Secretaria de Estado da Educação e do Esporte (SEE) para o
próximo dia 13, no auditório do gabinete do secretário Adriano Soares,
atualmente localizado no Cepa, onde será apresentado o trabalho do professor de
história e especialista em ciências da religião, Edson Moreira da Silva.
A data
escolhida é histórica e remete à abolição da escravatura, quando em 13 de maio
de 1888, a princesa Isabel assinou a Lei Áurea.
O teólogo, formado pelo Cesmac, vai proferir uma palestra subsidiada
pelo seu trabalho de conclusão de curso, denominado Divindades da África Negra,
com o tema:
Zumbi Orixás
Na ocasião, também ocorrerá a exibição do vídeo: Pantheon das Divindades Africanas (Orum), sobre os orixás mais cultuados do
Brasil. Após as apresentações, haverá um debate entre os participantes e o
autor.
Segundo a técnica da superintendência, Maria Alcina Ramos, o momento
proporciona a ampliação do conhecimento sobre a temática da religiosidade afro
por meio da socialização de um estudo referente à cultura africana.
“É importante que educadores, órgãos, comitês e fóruns relacionados ao
tema, representantes de movimentos organizados e a comunidade em geral
participem desse espaço de estudo conjunto, para troca de experiência, debate e
ampliação do conhecimento. A data é especial para que possamos dialogar com as
temáticas de forma qualificada, bem como refletir sobre a intolerância
religiosa e outros assuntos pertinentes em relação à consciência negra”,
observou.
Maria Alcina lembrou ainda que é obrigação do estado trabalhar, de
acordo com a lei federal nº 10.639 da Lei de Diretrizes Básicas da Educação
Nacional (LDB), estabelecida em 2003, a obrigatoriedade do ensino de cultura
africana e afro-brasileira nas escolas públicas e privadas de todos os estados
brasileiros.
“É importante que os educadores tenham formações acerca dos temas
relacionados à história e cultura negra no Brasil e como influenciam na
identidade do país para que repassem os conhecimentos para os estudantes, a fim
de construir uma sociedade livre de preconceito com cidadãos conscientes”,
destacou.
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