Peritos da ONU pedem que Irã liberte líderes da religião Baha’í, presos há cinco anos
Um
grupo de peritos independentes das Nações Unidas reiterou na segunda-feira (13)
seu apelo às autoridades iranianas para a libertação imediata de sete líderes
da comunidade bahá’í, presos há cinco anos neste mês, com sentenças de 20 anos,
a mais longa entre todos os atuais prisioneiros de consciência.
“O
governo iraniano deve demonstrar seu compromisso com a liberdade de religião,
através da liberação incondicional e imediata desses presos de consciência”,
disse o relator especial sobre a situação dos direitos humanos no Irã, Ahmed
Shaheed, em um comunicado à imprensa. Ele pediu à comunidade internacional,
incluindo líderes de fé mundiais, que se juntassem ao apelo.
No
dia 14 de maio de 2008, as autoridades de Teerã prenderam Fariba Kamalabadi,
Jamaloddin Khanjani, Afif Naeimi, Saeid Rezaie, Behrouz Tavakkoli e Vahid
Tizfahm. Um sétimo líder Baha’i, Mahvash Sabet, foi preso anteriormente no dia
5 de março. Os sete formaram um grupo nacional para os iranianos Baha’í chamado
Yaran.
De
acordo com o Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos
Humanos (ACNUDH), cujo Grupo de Trabalho da ONU sobre Detenção
Arbitrária denunciou as prisões em 2008, as autoridades iranianas mantiveram os
sete sob custódia por mais de 20 meses sem acusações e sem acesso a advogados.
Cada
membro do grupo foi sentenciado a 20 anos de prisão em agosto de 2010, sob a
acusação de espionagem, “propaganda contra o regime”, “conivência e colaboração
com o objetivo de pôr em perigo a segurança nacional” e por “espalhar a
corrupção na terra”.
O
relator especial da ONU sobre a liberdade de religião ou crença, Heiner
Bielefeldt, alertou que os Bahá’í estão enfrentando uma série de limitações
para praticar livremente sua religião. “Eu lembro novamente ao Governo que,
como parte doPacto Internacional sobre os Direitos Civis e
Políticos, não se pode distinguir entre grupos favorecidos e
desfavorecidos quando se trata da liberdade de religião.”
Centenas
de Bahá’ís foram detidos pela organização de atos como encontros religiosos e a
defesa do direito à educação. O relatório de março de 2013, feito pelo relator
especial sobre o Irã para o Conselho de Direitos Humanos da ONU, observou que
pelo menos 110 Baha’ís foram presos no país só no início do ano.
Fonte: http://www.onu.org.br
Comentários