Exposição com livros, gravuras e peças raras do Egito chega à Estação Cabo Branco
Livros, gravuras e peças raras da
expedição:
“O Egito sob o Olhar de Napoleão”
de Napoleão Bonaparte estarão expostas na Estação Cabo Branco, Ciência, Cultura e Artes, no Altiplano, em João Pessoa. A exposição será
aberta para visitação pública nesta quinta-feira (11), às 9h. Um dia antes (10)
haverá um coquetel de abertura apenas para convidados.
A exposição, intitulada: “O Egito
sob o Olhar de Napoleão” está inserida na programação de aniversário de cinco
anos da Estação Cabo Branco e prossegue aberta até o dia 29 de setembro, sempre
de terça a sexta-feira das 9h até 21h, e sábados, domingos e feriados das 10h
até 21h, com entrada gratuita.
“O Egito sob o Olhar de Napoleão”
faz parte da Coleção Itaú Cultural, com curadoria local da artista plástica
Lúcia França e curadoria geral do arqueólogo Vagner Carvalheiro, que no dia da
abertura ministrará palestra, às 16h, sobre a linha curatorial e explica a
empreitada feita pelos franceses a 115 interessados, no Auditório três.
Das 35 peças exibidas, 21 fazem
parte de “Description de l’Egypte”, coleção publicada em Paris entre 1809 e
1822, que descreve a expedição científica e militar liderada pelo general
Napoleão Bonaparte àquele país do Oriente. A obra é reconhecida como o mais
importante estudo erudito europeu do Egito antigo e moderno. Os livros
acompanham 14 reproduções fotográficas das matrizes em cobre pertencentes ao
Museu do Louvre, em Paris.
Organizada em cinco seções:
Cartografia, Religião, Arquitetura, Egito Moderno e História Natural, a
exposição apresenta 13 dos 21 volumes da “Description de l’Egypte”, com
gravuras e alguns com mais de um metro de altura, abertos em página fixa,
dentro de uma vitrine. Conta, ainda, com um dos dois livros publicados pelo
artista e barão Dominique Vivant Denon (1747-1825). A exposição traz também um
cronograma dos principais eventos da campanha napoleônica no Egito, além de 13
telas com imagens dos livros que podem ser manuseadas pelos visitantes.
O material em exposição foi produzido
durante a viagem que Bonaparte fez em 1798 para o Egito, com uma força militar
de mais de 55 mil homens e uma comitiva de 167 estudiosos entre artistas,
gravadores, escultores, impressores, arquitetos, astrônomos, geógrafos,
químicos, engenheiros de várias especializações, matemáticos, economistas,
médicos, botânicos, zoólogos, orientalistas, escritores e intérpretes. Muitos
dos estudiosos que viajaram para o Egito eram integrantes do Instituto da
França, dentre eles o zoólogo Étienne Geoffroy Saint-Hilaire (1772-1844) e o
inventor Nicolas-Jacques Conté (1775-1805), encabeçados por Denon.
O barão seguiu pelo alto Egito e
fez uma série de esboços das ruínas. O general reconheceu a importância do
registro e pediu aos cientistas que medisem e desenhassem os monumentos. Dessa
forma, Bonaparte formou a bases de “Description de l’Egypte”, que acabaria
dirigindo a atenção do mundo para o Egito Antigo, desembocando nos modernos
estudos da história. Em 1802, Denon publicou o livro “Voyage Dans la Basse et la
Haute Egypte”, que depois foi traduzido para o Inglês.
Ao mesmo tempo, o francês Edme
François Jonard organizava “Description de l’Egypte”, publicada em 1809.
Enquanto isso, Jean François Champollion, mais tarde conhecido como o “pai da
Egiptologia”, descobriu a chave para decifrar os textos em hieróglifo da Pedra
da Rosetta desenterrada pelo exército em 1799. Esta descoberta permitiu aos
sábios ler a antiga linguagem, o que levou a uma nova compreensão da história
do Egito.
A mostra já foi exibida no espaço
expositivo do instituto, no Museu Nacional em Brasília e mais recentemente no
Espaço Cultural Unifor, em Fortaleza. “Apresentar um recorte tão importante
deste acervo reafirma o compromisso da instituição com o público de democratizar
o acesso à arte e a cultura”, observou o diretor do instituto, Eduardo Saron.
Aniversário da Estação
Neste mês de julho a Estação Cabo
Branco elaborou uma intensa programação de aniversário para comemorar cinco
anos de atividade artística, educativa e cultural gratuitas para a população,
em um grande esforço mútuo e contínuo de levar arte e educação inclusiva.
Serviço:
O Egito Sob o Olhar de Napoleão, na Coleção Itaú
Abertura: 10 de julho, às 19h,
coquetel para convidados
Em cartaz: 11 de julho a 29 de
setembro
Horários: de terça à sexta-feira,
das 9h às 21h
Sábados, domingos e feriados, das
10h às 21h
Entrada franca
Classificação indicativa: livre
Palestra com curador Vagner
Carvalheiro Porto
Data: 11 de julho, às 16h
Local: Auditório três
Vagas: 115 (por ordem de chegada)
Fonte: http://www.paraiba.com.br
Comentários