Bienal do Rio reúne veteranos e novas apostas da literatura fantástica – Por Guilherme Solari

A Bienal do Livro do Rio de Janeiro, que acontece de 29 de agosto a 8 de setembro no Riocentro, na capital carioca, reúne nomes conhecidos dos fãs da literatura fantástica nacional em diferentes subgêneros, indo da chick lit, literatura para mulheres ao estilo "Sex & the City" e "Gossip Girl", ao pós-apocalíptico, passando pelo infantil.

Reúne até mesmo um autor que fez sucesso literário indiretamente, caso do destaque internacional Corey May, norte-americano que é um dos principais roteiristas da série de videogame "Assassin's Creed". 

A saga da batalha entre as ordens dos assassinos e templários, em uma história que mistura ficção científica, história e teorias da conspiração, se tornou um fenômeno editorial no Brasil quando adaptada aos livros, contabilizando 450 mil exemplares vendidos. Corey May vai falar no evento justamente sobre a convergência entre games e literatura no dia 1º de setembro (domingo).

No dia 7 de setembro, a Bienal recebe um escritor que ajudou a despertar o interesso dos brasileiros pela literatura fantástica nacional. Quando André Vianco lançou "Os Sete" de forma independente em 2000 iniciou uma mitologia própria de vampiros demônios e criaturas próprias. O sucesso inicial sem editora foi surpreendente considerando que a internet ainda engatinhava na época. Na Bienal, Vianco lança seu primeiro livro infantil, "O terrível ataque das rãs do Nepal", início de uma série de dez volumes.

O criador da série de desenhos e livros "Princesas do Mar" Fábio Yabu é outro autor nacional que trafega entre o infantil e o adulto, com seu heterônimo de horror Abu Fobiya. Na Bienal, ele mostra seu novo livro infantojuvenil, "A Última Princesa" e fala sobre as influências mitológicas e históricas em sua obra no dia 4 de setembro.

Eduardo Spohr, autor de "Batalha do Apocalipse", é outro escritor que ajudou a difundir a "cultura geek" da internet para a literatura com sua saga de batalhas entre anjos. No evento do Rio de Janeiro, ele falará sobre o tema "Guia prático para entender os nerds", além de discutir seu mais novo livro, "Anjos da Morte", da série "Filhos do Éden".

Segundo livro da trilogia "Filhos do Éden", ambientado no mesmo universo de anjos de "A Batalha do Apocalipse". "Anjos da Morte" conta a história do ex-espião Denyel da Segunda Guerra Mundial até a queda do Muro de Berlim Divulgação

De apenas 24 anos, a jornalista Carolina Munhóz divulga seu terceiro livro na Bienal do Rio, "Feérica", sobre uma fada que ingressa em um reality show musical com sonhos de fama, riqueza e sucesso. A obra mistura o gênero da fantasia com a chick lit ao estilo de autoras como Cecily Von Ziegesar e Meg Cabbot.

Com mais de 200 mil exemplares vendidos em sua trilogia: "Dragões de Éter", Raphael Draccon traz à Bienal seu quinto livro, "Fios de Prata: Reconstruindo Sandman". A obra acompanha o jogador de futebol Mikael Santiago, que sofre de sombrios sonhos lúcidos e se tornará central em uma disputa entre diferentes manifestações do Sonhar que coloca em xeque a segurança de toda a humanidade.

O ilustrador Affonso Solando apresenta sua estreia literária na Bienal, "O Espadachim de Carvão", a história cheia de ação do guerreiro filho de um deus da terra fantástica de Kurgala que precisa descobrir a identidade de um misterioso grupo de assassinos que o persegue.

E das mesas dos Role Playing Games para os livros chega "O Código Élfico" novo trabalho do editor de RPGs Leonel Caldela. A história segue a história de uma pequena cidade brasileira chamada Santo Ossário, que serve de palco para o encontro entre uma jovem de passado misterioso e um elfo que tenta evitar que sua raça invada nosso mundo e escravize os humanos.





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