Jogador encontra cura para o alcoolismo na religião - Por Leiliane Roberta Lopes
O capitão do time Bragantino,
Álvaro, que disputa da série B do Brasileirão, vivenciou há poucos anos um
momento muito difícil em sua vida que o fez se aproximar de Deus e mudar de
religião.
Afundado no vício de álcool e com depressão o jogador, que chegou a
brilhar em times internacionais, pensou até em desistir da carreira.
Ele diz que antes de deixar o
Brasil para jogar na Europa ele não tinha vício algum, mas na Espanha aprendeu
a beber. “Saí do Brasil sem problemas, não bebia. Experimentei (álcool) como
outros jovens, mas nada demais. Na Espanha, comecei a perceber que não era mais
só uma taça de vinho. Depois vieram outras bebidas. Muita cerveja, uísque, e aí
começou a piorar”, disse.
No começo o vício não interferia
em seu potencial dentro do campo, mas com o tempo o atleta passou a perder o
controle. Foi então que ele resolveu voltar para o Brasil e fechou contrato com
o Internacional de Porto Alegre, mas em pouco tempo seu problema com o álcool
chegou ao conhecimento da cúpula do time.
“Chegava a vários treinamentos
alcoolizado. Saía do treino e já voltava a beber. Poderia estar no Inter até
hoje, tranquilamente. Mas esse era um problema que tinha. Conversei com o
presidente (Vitorio Piffero), ele já não estava satisfeito. Pedi para rescindir
o contrato.”
Mesmo assim em Setembro de 2008
Álvaro assina com o Flamengo e conquista a torcida se tornando uma grande
estrela para o time. A felicidade e o sucesso não o impediram de cair cada vez
mais no vício o que aumentou a depressão do jogador.
“Em 2010, cheguei a passar três
dias bebendo direto. E o problema é que, quando o álcool sai da mente, fica no
sangue. Dava aquela sensação de depressão. Não podia subir numa cobertura que
dava vontade de me atirar. Foi quando vi que estava doente”.
Para conseguir superar esses
problemas, Álvaro se tornou evangélico e hoje está casado com a irmã de seu
pastor. Seu plano é continuar jogando nos próximos quatro anos e depois se
tornar técnico de time.
Comentários