Cidadania pelo esporte sem distinção de classe ou religião – Por Bruno Tadeu
Uma Manaus com crianças e
adolescentes longe das drogas e livres da pedofilia. Foi com esse objetivo que
o ex-jogador Lúcio da Silva iniciou, há mais de nove anos, a coordenação do
projeto social ‘Atletas de Cristo no Amazonas’.
Atualmente, a iniciativa conta
com 1,5 mil crianças, que recebem acompanhamento nos estudos, doações de
alimentos e aprendem a importância da disciplina através da prática do esporte.
A iniciativa atende garotos de 7
a 17 anos e tem como principal objetivo, além da formação de atletas, o resgate
de crianças e jovens que de alguma maneira estão expostos ao tráfico de drogas
e outros problemas sociais.
“Tem algumas crianças aqui que são filhas de
pessoas que vivem vendendo drogas, mas já chegaram pais agradecendo. O nosso
trabalho está focado em resgatar mesmo, colocando pessoas qualificadas, que já
jogaram futebol, professor formado, que tenha um testemunho de vida exemplar
para esses garotos. Essa é a diferença”, explicou Lúcio.
Com doações da Igreja
Presbiteriana, o projeto investe R$ 27 mil por mês com mão de obra e
equipamentos para atender os 1,5 mil garotos, espalhados pelos municípios de
Codajás, Anori, Novo Airão, Manacapuru, Beruri, Boa Vista do Ramos,
Barreirinha, Vila Cândida, Itacoatiara e Manaus, de acordo com o coordenador do
projeto, que pede apoio do Poder Público para a expansão do trabalho.
“A Manaus
dos meus sonhos seria com essas crianças longe da pedofilia, das drogas, da
bebida e da prostituição. E que nossas autoridades procurassem ajudar ONGs
sérias, corretas. Se isso acontecer, o índice de problemas (sociais) diminuirá
bastante. Podemos mudar”, avaliou.
Dedicação sem excluir por
religião
Apesar de se tratar de uma
organização oriunda de denominação evangélica, Lúcio da Silva ressalta o
respeito à diversidade religiosa no projeto ‘Atletas de Cristo’. “Eles
aprenderam que aqui é lugar para serem alguém. Nós não mexemos com a religião
de ninguém, 90% da nossa clientela é católica, é espírita... Aqui é proibido
discutir religião, se fala só da palavra de Deus, a Bíblia”, esclareceu.
As
atividades diárias são divididas em três etapas para cada turno (manhã e
tarde), cada uma contemplando garotos de idades diferentes. Em todas elas, as
crianças chegam, vestem os equipamentos e fazem uma leitura da Bíblia antes de
começarem o treino. “Eu não abro mão do ensino religioso como forma de educar e
disciplinar as crianças”, destacou Lúcio.
Fonte: http://www.d24am.com
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