Religiões que prevalecem em Goiás – Por Nayara Reis
Em Goiás a maior parte dos
6.434.048 milhões de pessoas seguem a religião católica, cerca de 58,8% segundo
dados do IBGE.
Logo depois vêm os evangélicos protestantes com 2,5%, outras
religiões 2,5% sem religião 8,1%. Dois padres, um pastor evangélico e um líder
espírita, falam sobre suas respectivas religiões, e como percebem sua aceitação
no Estado.
Apesar da ascensão contínua da
população evangélica também cresce o número de pessoas espiritualistas. Outro
dado relevante quanto ao tema é de que a classe de espíritas tem a maior renda
dentre as outras cerca de 6,5% deles recebem mais de 10 salários mínimos, em
seguida Umbanda e Candomblé com 2,1% e católicos com 1,7%.
O IBGE também traça um perfil de
cor ou raça para algumas religiões, a predominância para católicos é de brancos
com 47,5%, evangélicos de missão da mesma forma, mas com 51,6%, evangélicos
pentecostais tem como maioria pardos 48,9%, espiritas também com 68,7%, Umbanda
e candomblé são de maioria brancos 47,1%. Entre pessoas que se consideraram sem
religião a predominância é de pardos com 47,1 %.
De acordo com o Dicionário
Priberam da Língua Portuguesa a palavra religião significa: “Culto prestado à
Divindade. Doutrina ou crença religiosa. O que é considerado como um dever
sagrado. Reverência, respeito. Escrúpulo. Comunidade religiosa que segue a
regra do seu fundador ou reformador.” Todas as religiões têm suas
particularidades e devem ser respeitadas.
Igreja Católica Ortodoxa
O padre Rafael Javier Magul faz
um histórico da Igreja Católica Ortodoxa e explica o porquê considera que essa
não é hoje a maior religião no Estado, diferente da Igreja Católica Romana, que
cresce cada dia mais.
“Quando nasce a igreja até o século terceiro ou quarto
depois de Cristo ela se organiza em cinco grandes comunidades Roma,
Constantinopla, Alexandria, Antioquia e Jerusalém. Juntas constituíam uma única
comunidade a Igreja Católica Apostólica, mas as duas primeiras escolas Bíblicas
teológicas do mundo foram a Antioquia na fronteira entre Turquia e Síria e
Alexandria no Egito. Até o ano de 1054 elas estavam unidas, mas Roma se separa
das quatro e vice-versa”, explica.
Depois desta separação, Rafael
explica que ocorre a cisma entre Oriente e Ocidente e, até o ano de 1964, ele
conta que essas igrejas tiveram uma divisão, não havia comunhão entre elas.
“Roma por estar no Ocidente evangeliza esses países, chega à Espanha, Portugal,
enfim. Isso justifica por que a Igreja Romana chega primeiro que a Ortodoxa ao
Ocidente. Evangelizamos os países eslavos, (Rússia, Bulgária, Sérvia, etc.).
Quando chegamos ao Brasil foi para atender a uma necessidade dos imigrantes. Em
Goiás há muitas comunidades do povo libanês, da Síria, Palestina, Rússia,
Grécia e outras”, diz. De acordo com Rafael, todo esse povo precisava de uma
atenção espiritual.
A Igreja Romana Ortodoxa é
aberta, tanto para os imigrantes, público, que segundo padre Rafael, é maioria,
quanto de outras religiões.
“É um lugar aberto, nós não fazemos discriminação,
mas somos menos populistas. Acho que apesar da Igreja Católica Romana ser
maioria no Estado, outras religiões estão crescendo muito, como a dos
evangélicos, por sua estrutura”, cita. O padre ainda ressalta que sua igreja
ainda tem muito que aprender e principalmente a ensinar no Ocidente.
“Somos
ecumênicos abertos, com identidade clara, onde acreditamos que temos muito a
orientar e a aprender. Podemos ser uma presença muito positiva”,
ressalta.
Igreja Católica Romana
Padre Luiz Augusto explica que a
Igreja Católica foi fundada perante a palavra de Deus, por Jesus Cristo, com
suas doutrinas.
“Não é só um nome de igreja, temos a tradição dos apóstolos
seguidores de Jesus, a Igreja Católica foi fundada há mais de dois mil anos.
Acho que as pessoas estão se afastando de Deus e isso não vale somente para
religião católica, mas para todas as outras”, diz.
O padre ressalta que parte desse
afastamento da igreja é devido à forma de evangelizar dos líderes, inclusive
dele próprio.
“Não basta que a religião católica seja maioria, é preciso ter
qualidade. As pessoas estão buscando igrejas visando o que elas podem
proporcionar, querendo um carro ou algo material, não é assim que as coisas
acontecem”, ressalta. Segundo ele, é preciso que haja mais compromisso por
parte dos líderes das igrejas, seja ela qual for.
De acordo com o padre Luiz, a
verdade absoluta está na Igreja Católica, e cita uma passagem; Matheus capítulo
16, versículos 18 e 19 dizem:
“Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre
esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão
contra ela; E eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na
terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos
céus.”
Igreja Evangélica
Para o bispo Mozart Morais, da
Igreja Fonte da Vida, é perceptível que o número de evangélicos vem realmente
aumentando, isso pela quantidade de pessoas na igreja que frequenta.
“Cada dia
mais pessoas agregam a religião, podemos ver gente sedenta por Deus, em uma
busca existencial. Por que estou aqui? Qual meu papel? Buscam entender o motivo
pelo qual vivem, o que é positivo, uma família que está na presença de Deus é
mais bem-sucedida, ela respeita seus entes e isso reduz a violência e aumenta a
realização das pessoas”, cita.
O bispo ressalta que a igreja
renova os sonhos dos fiéis e os levam a acreditar que eles podem se realizar
com a confiança em Deus.
“Hoje podemos ver que muitos antes não frequentavam a
igreja, mas depois de virem e terem a esperança que podem adquirir aqui dentro
se tornam pessoas melhores. Elas saem da miséria passam a ter um nível de vida
melhor”, explica.
Espíritas
De acordo com Weimar Muniz, da
Federação Espírita de Goiás, a religião teve realmente uma ascensão do
conhecimento espírita, em Goiás, em todo País e no exterior, levada pelo
esclarecimento de fértil literatura, sempre à disposição das pessoas que se encontram
amadurecidas e abertas às coisas da alma.
“As pessoas estão, pouco a pouco, se
despertando para a mais ampla consciência dos temas espirituais, porque o
Espiritismo, que é a revivescência do Cristianismo, em sua pureza e
simplicidade dos tempos apostólicos, de acordo com a opinião de Chico Xavier e
de outras autoridades no assunto, é a 3ª Revelação, O Consolador prometido por
Jesus, que levanta o véu até então oculto do que realmente ocorre no Mundo dos
Espíritos, mundo causal e que, por isso mesmo, governa o mundo material”,
explica Weimar.
Fonte: http://www.dm.com.br
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