20 igrejas destruídas e 100 cristãos assassinados no último mês - Por Jarbas Aragão
Muçulmanos pertencentes a etnia
Fulani fizeram em março uma série de ataques no estado de Benue, na Nigéria.
O
resultado foram 20 igrejas destruídas e 100 cristãos assassinados. Este foi um
dos meses mais sangrentos dos últimos anos para os cristãos nigerianos.
Os incidentes ocorreram no Estado
de Benue, na região central do país. Quase todos os ataques foram contra a vida
de agricultores cristãos pertencentes a tribo Tiv. Até o governador local,
Gabriel Suswam foi vítima de uma emboscada, mas escapou ileso graças a
agilidade de seus guarda-costas.
Benue é 95% cristão e
historicamente não há ataques de muçulmanos. As autoridades acreditam que eles
vieram de estados vizinhos, onde são maioria. Também chamou atenção a maneira
rápida de atacar, matar, atear fogo a casas e igreja e sumir em pouco tempo. O
povo Tiv acredita que os muçulmanos pretendem ficar com suas terras.
Segundo a organização World Watch
Monitor, que trabalha com igrejas perseguidas, todas as igrejas queimadas estão
ligadas à Associação Cristã da Nigéria, lideradas por Yiman Orkwar.
“É um ataque em duas frentes para
tomar a nossa terra e converter ao Islã as pessoas que aqui vivem, mas nós
resistimos”, disse ele.
“Eles foram matando todo mundo que encontram nas
aldeias. Não pouparam as mulheres e nem nossos filhos. O que eles estão fazendo
é muito semelhante aos ataques dos terroristas do Boko Haram”, lamenta Orkwar.
O líder cristão pediu que o
governo da Nigéria envie soldados para a região. “O governo federal não pode
permitir que o genocídio continue no Estado de Benue para continuar. Não
podemos admitir esta matança indiscriminada”. Com informações Charisma News.
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