Começa corrida pelo voto dos evangélicos- Por Naira Trindade
As campanhas estão a dois meses e
nove dias do início oficial, mas, nos bastidores da política, uma verdadeira
peregrinação está em marcha para cativar os votos de um atraente eleitorado: os
evangélicos.
Fiéis aos ensinamentos religiosos pregados nas diferentes igrejas
e assembleias espalhadas pelo Brasil, eles se transformaram em eleitores
expressivos, capazes de empurrar a disputa eleitoral à Presidência da
República, em 5 de outubro, para um segundo turno.
Na corrida às urnas, os principais pré-candidatos ao Palácio do Planalto já se mobilizam para demarcar território. Ontem, em Ouro Preto (MG), o senador Aécio Neves (PSDB) usou como mote o “resgate de valores” no discurso como orador oficial da tradicional cerimônia da Inconfidência Mineira.
No domingo, em
Aparecida (SP), Eduardo Campos (PSB), que tem como vice a evangélica Marina
Silva (PSB/Rede), anunciou ser contrário ao aborto, postura condizente com
posicionamento cristão.
Nas eleições de 2010, o tema ganhou proporções. Precisou ser desmentido que a presidente Dilma Rousseff (PT), atual pré-candidata à reeleição, era favorável ao aborto para evitar rejeição nas urnas. À época, Dilma contava com o apoio do pastor Everaldo Pereira (PSC), que este ano decidiu sair em candidatura própria ao Planalto. Ela busca agora arranjar um novo nome para “puxar votos”.
As movimentações políticas miram a representativa fatia de cerca de 20 milhões de fiéis. São eleitores expressivos, que podem pulverizar os votos em outubro. Grande parte deles apoiou a evangélica Marina Silva na eleições de 2010, quando, pelo Partido Verde, ela conquistou a terceira colocação no primeiro turno, com 19 milhões dos votos válidos, levando as eleições para o segundo turno
Na visão do professor de ciências políticas da Universidade de Brasília Lucio Remuzat Rennó Junior, a presidente Dilma Rousseff será a pré-candidata menos afetada com a pulverização dos votos evangélicos.
Nas eleições de 2010, o tema ganhou proporções. Precisou ser desmentido que a presidente Dilma Rousseff (PT), atual pré-candidata à reeleição, era favorável ao aborto para evitar rejeição nas urnas. À época, Dilma contava com o apoio do pastor Everaldo Pereira (PSC), que este ano decidiu sair em candidatura própria ao Planalto. Ela busca agora arranjar um novo nome para “puxar votos”.
As movimentações políticas miram a representativa fatia de cerca de 20 milhões de fiéis. São eleitores expressivos, que podem pulverizar os votos em outubro. Grande parte deles apoiou a evangélica Marina Silva na eleições de 2010, quando, pelo Partido Verde, ela conquistou a terceira colocação no primeiro turno, com 19 milhões dos votos válidos, levando as eleições para o segundo turno
Na visão do professor de ciências políticas da Universidade de Brasília Lucio Remuzat Rennó Junior, a presidente Dilma Rousseff será a pré-candidata menos afetada com a pulverização dos votos evangélicos.
“A candidatura de Everaldo
não é uma ameaça para Dilma, que tem votos em outras áreas. Ele vai disputar
votos é com Marina”, analisa. Para Rennó, a maior participação de candidatos
pulveriza votos. Até o momento há pelo menos 11 pré-candidatos na disputa ao
Palácio.
Senado
Senado
- Marcelo Crivella ( PL-RJ) - Pretende concorrer ao governo do Rio. Está no segundo mandato, eleito com 3.332.886 votos
- Magno Malta (PR-ES) - Eleito com 1.285.177 votos em 2010, colocou-se à disposição do partido para concorrer à Presidência
- Anthony Garotinho (PR-RJ) - Ex-governador do Rio, foi eleito deputado com 694,8 mil votos. Pode tentar o governo do Rio de novo
- Marco Feliciano (PSC-SP) - Elegeu-se deputado federal em 2010 com expressivos 211 mil votos no primeiro mandato
- Pastor Francisco Eurico (PSB-PE) - Formado em teologia, conquistou o primeiro mandato de deputado federal em 2010 com 185.870 votos
- Pastor Paulo Freire (PR-SP) - Está no segundo mandato. Foi eleito deputado federal em 2010 com 161.083 votos
- Missionário José Olimpo (PP-SP) - Conquistou seu primeiro mandato na Câmara após obter 160.813 votos, em 2010
- Eduardo Cunha (PMDB-RJ) - Está no quarto mandato de deputado federal. Conseguiu 150,6 mil votos nas últimas eleições
- Zequinha Marinho (PSC-PA) - Com 147.429 votos, tornou-se deputado federal pela terceira vez em 2010
- Washington Reis (PMDB-RJ) - Eleito com 138.811 votos, disputou a prefeitura de Duque de Caxias (RJ) em 2012, mas não se elegeu
- João Campos (PSDB-GO) - Está no terceiro mandato. Conquistou a confiança de 135.968 votantes nas eleições de 2010
- Silas Câmara (PSD-AM) - Vai concorrer ao quarto mandato nas eleições de outubro. Em 2010, obteve 126.688 votos
- Newton Lima (PT-SP) - Elegeu-se deputado com 110.205 votos. Em 98, tentou o governo de São Paulo, mas perdeu
- Pastor Takayama (PSC-PR) - Está no terceiro mandato de deputado federal, eleito com 109.895 votos
- André Zacharow (PMDB-PR) - Com 101.579 votos, elegeu-se ao terceiro mandato de deputado federal consecutivo
- Arolde de Oliveira (PSD-RJ) - Está no sétimo mandato na Câmara. Contou com 99.457 votos em 2010 para garantir-se deputado de novo
- Marcelo Aguiar (DEM-SP) - Músico e evangélico, elegeu-se ao primeiro mandato de deputado federal com 98,8 mil votos
- Filipe Pereira (PSC-RJ) - Elegeu-se deputado federal pela segunda vez em 2010, com 98.280 votos
- Andre Moura (PSC-SE) - Ex-prefeito de Pirambu (SE) está no segundo mandato de deputado federal, com 83.641 votos
- Benedita da Silva (PT-RJ) - Disputou o governo do Rio, sem sucesso, em 2002. Já foi deputada, senadora e vereadora. Está no terceiro mandato na Câmara. Conquistou 71 mil votos em 2010
- Lauriete (PSC-ES) - Cantora gospel, está no primeiro mandato de deputada. Obteve 69.918 votos em 2010
- Ronaldo Fonseca (PR-DF) - Com 67.920 votos, conquistou o primeiro mandato na Câmara em 2010. Vai tentar a reeleição
- Nilton Capixaba (PTB-RO) - Está no terceiro mandato de deputado federal. Obteve 32.016 votos nas últimas eleições
- Liliam Sá (PR-RJ) - Exerce seu segundo mandato de deputada conquistado em 2010 com 29.248 votos
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