Ateus buscam coalizão para diminuir discriminação sobre sua não-crença - Por Luciano Portela
A ideia é permitir que famílias
não passem por problemas ao se afastarem da religião.
Quatro organizações seculares dos
EUA decidiram formar um grupo de coalizão para eliminar a discriminação com
ateus e aumentar a aceitação diante da não-crença, sem a necessidade de ter que
recorrer ao debate para compreenderem suas posições.
"Nossa missão é eliminar a
discriminação e aumentar a aceitação por ateus, livres pensadores, agnósticos,
humanistas e todas as pessoas não-religiosas para estarem mais abertos sobre
suas crenças", afirmou Todd Stiefel, presidente da coalizão Openly Secular
(Abertamente Secular).
A ideia do grupo é permitir que
famílias e comunidades não passem por problemas ao se afastarem da religião.
"Queremos viver em um mundo onde não há custos sociais para ser
não-religioso", comentou Robyn Blummer, da Fundação Richard Dawkins que
apoia a colizão.
Em apoio à causa, uma estudante
relatou que passou a sofrer forte recriminação quando decidiu se assumir como
ateísta, inclusive com sérias ameaças. "Depois que falei abertamente que
sou ateia, perdi muitos amigos, além de ser ameaçada de estupro e de
morte", revelou a jovem ativista Jessica Ahlquist.
Ahlquist é conhecida por ter se
envolvido em uma polêmica em 2012, quando entrou na justiça contra sua escola,
por supostamente infringir sua liberdade de religião, por conta da exposição de
um banner que continha uma oração, no auditório da instituição.
Sobre o caso de Ahlquist e outros
casos de discriminação, o grupo de coalizão aponta que abrirá um espaço em seu
site oficial, para que ateus possam compartilhar situações embaraçosas que
tenham vivido em função de preconceito.
Para completar, a coligação
relata que uma pesquisa feita em 2012, pelo instituto Gallup, descobriu que os
americanos que os ateus sofrem aceitação menor que outros grupos que sofrem
discriminação no país.
Segundo o levantamento do Gallup,
nove entre cada dez americanos votariam em um candidato presidencial negro,
católico, hispânico, judeu, ou uma mulher, em um índice significativamente
menor que as percentagens de rejeição para um possível candidato ateu.
Comentários